O Benfica voltou aos triunfos ao receber e vencer o Paços de Ferreira por 2-0 em partida da 17.ª jornada da I Liga, aproveitando assim a derrota do Sporting para reduzir para quatro os pontos de desvantagem em relação ao rival lisboeta no segundo lugar da classificação.
As águias criaram várias situações de golo na etapa inicial, mas acabaram por chegar ao primeiro golo apenas bem dentro do período de compensação da primeira parte, por João Mário, instantes após o Paços ter ficado reduzido a dez elementos. Depois, na segunda parte, um extraordinário golo de Grimaldo selou o triunfo.
Benfica entra a criar perigo, mas não marca
No segundo jogo de Nélson Veríssimo ao leme do Benfica, as 'águias' apostaram num sistema tático em 4x4x2, tal como já havia acontecido ante o FC Porto, no Estádio do Dragão, desta feita com Seferoivic e Gonçalo Ramos a constituírem a dupla de ataque (Darwin, regressado de lesão, começou no banco e Yaremchuk estava ausente, infetado com COVID-19).
E foi mesmo o jovem avançado português o primeiro a criar perigo, logo no lance inicial do encontro, ao corresponder de cabeça a um cruzamento de Everton Cebolinha. A bola, contudo, saiu à figura do guarda-redes do Paços de Ferreira, André Ferreira. O Paços tentava jogar com a defesa alta e trocar a bola com algum critério, mas só a turma da turma da casa conseguia criar perigo e, aos nove minutos, foi o outro homem da frente, Seferovic, a ficar perto de marcar, errando por pouco o alvo num desvio após cruzamento de Rafa.
Rafa que esteve ele mesmo, pouco depois, muito perto de marcar. Na sequência de (mais) um excelente lance individual de Everton, o internacional português surgiu a desviar ao primeiro poste, com a bola a roçar o poste e a sair ao lado.
Paços sacode pressão, mas só por breves instantes
A partir do minuto 20 o Paços conseguiu, enfim, começar a trocar a bola um pouco mais à frente no terreno, no meio campo contrário e, num desses lances, Otamendi entrou duro sobre Eustáquio, acabando por ver a cartolina amarela, com os visitantes a pedir a exibição da cartolina vermelha para o argentino.
Mas não tardou a que o Benfica voltasse a acelerar e a criar perigo, com Gilberto a rematar em jeito e a assustar André Ferreira, antes de Seferovic desviar de cabeça um cruzamento de Everton e falhar o alvo por milímetros. Depois, foio Grimaldo a assistir Gonçalo Ramos e este, em zona frontal, com tudo para marcar, a acertar na trave.
Expulsão e golo em cima do intervalo
Pensou-se que o intervalo iria chegar com o nulo no marcador, mas o primeiro tempo ainda teria muita história para oferecer. Já no período de descontos, Deni Jr., avançado do Paços, depois de pontapear uma bola, manteve o pé bem levantado e acertou no braço de Grimaldo. O árbitro da partida, Vítor Ferreira, começou por exibir a cartolina amarela mas, alertado pelo VAR, acabou por mostrar o vermelho, perante muitos protestos dos visitantes, que recordaram o lance de Otamendi minutos antes.
E, com o Paços abalado pela expulsão, houve ainda tempo para o Benfica chegar ao golo. Passe de Seferovic a isolar Gonçalo Ramos, que permitiu a mancha a André Ferreira, mas a bola acabou por tocar num jogador do Paços e sobrar para João Mário, que só teve de encostar.
Águias em busca do golo da tranquilidade, mas Paços também ameaça
A segunda parte começou com o Benfica apostado em chegar ao segundo golo, que trouxesse a tranquilidade definitiva, instalado no meio campo adversário e a criar algumas situações de perigo.
Mas o Paços, mesmo reduzido a dez, também tentava criar perigo, na tentativa de chegar ao empate. E, aos , o empate esteve mesmo à vista. Acabado de entrar, Diaby furou entre dois defesas do Benfica e surgiu na cara de Helton Leite. Valeu uma excelente defesa do guardião brasileiro a segurar a vantagem.
Golaço e tudo decidido
Motivado por esse lance, o Paços até esteve os minutos que se seguiram no meio campo do Benfica, com alguns cruzamentos a sobrevoarem a grande área de Helton Leite, mas foi o Benfica que acabou mesmo por chegar ao goolo. E que golo!
Seferovic recebeu na direita já dentro da grande área, virou para o lado contrário na direção de Grimaldo e este ajeitou e rematou à entrada da área, cruzado, sem hipótese de defesa para André Ferreira.
A partir daí o encontro ficou totalmente decidido e a vitória do Benfica só não foi mais dilatada por culpa do desacerto de Darwin Nuñez. O uruguaio, que e entrou a meio do segundo tempo, até chegou a colocar a bola no fundo das redes, mas estava fora de jogo e, depois, falhou de forma escandalosa uma oportunidade clamorosa, antes de desperdiçar mais outra. O resultado a não sofrer mais alterações.
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