Plantéis fechados! Salvo algum ajuste de última hora, com uma saída de algum jogador para um mercado ainda aberto com com uma contratação de um jogador livre, será com estes jogadores que as equipas vão atacar a primeira metade da temporada, até à reabertura do mercado de transferências, em janeiro.
O último dia da janela de transferências de verão foi agitado, sobretudo, para os lados da Luz, com o Benfica a ser, claramente, quem mais se movimentou (como já o havia sido ao longo de todo o mercado) em comparação com os rivais, enquanto para os lados do Dragão e de Alvalade as expetativas de verem concretizado algum negócio inesperado de última hora caíram por terra, com FC Porto e Sporting a ficarem-se por apenas, cada um, por uma contratação que já era esperada.
No que aos quatro primeiros classificados da época assada diz respeito, em Braga também houve espaço para ajustes e lá fora, apesar de várias entradas e saídas, também não houve nenhuma transferência de 'encher o olho'. Fazemos o resumo do que se passou.
Benfica, o rei do mercado nacional até ao último dia
Já com vários reforços de qualidade garantidos ao longo do mercado de verão, o Benfica foi também que mais se mexeu entre os candidatos ao título no derradeiro dia da janela de transferências.
As águias confirmaram aquela que terá sido a grande 'bomba' do mercado, com a chegada do antigo campeão do mundo Julian Draxler, cedido pelo Paris Saint-Germain e ainda aprestaram mais um reforço: o defesa central internacional pelos EUA John Brooks, que se encontrava sem contrato.
Além disso, no que toca a saídas conseguiram resolver mais alguns problemas no que toca a jogadores 'excedentários': Vertonghen rescindiu (permitindo uma considerável poupança no que toca a salários) e rumou ao Anderlecht, Taarabt também rescindiu, Meité foi emprestado à Cremonese e Weigl (que perdeu espaço face às entradas de vários jogadores para o meio-campo) foi cedido ao B. M'Gladbach. Sem colocação, Tomás Tavares foi inscrito e Carlos Vinícius, que estava cedido ao PSV, foi vendido ao Fulham.
Um guarda-redes para o FC Porto, um extremo para o Sporting e inscrição de excedentários
Se na Luz houve agitação, no Dragão e em Alvalade havia expetativa, mas o dia acabou por ser (estranhamente) calmo, tendo sido preciso esperar até ao início da noite (no caso do FC Porto) e quase até ao último minuto do mercado (no caso do Sporting) para se assistir à confirmação de um reforço.
Para os campeões nacionais, esse reforço chegou para a baliza e já era falado há algum tempo: o guarda-redes brasileiro de 28 anos Samuel Portugal foi contratado ao Portimonense para suprir a saída de Marchesín e vai ser a alternativa ao cada vez mais indiscutível titular Diogo Costa. E, exceção feita à inscrição do proscrito lateral brasileiro João Pedro - para quem não foi encontrada outra solução - por aí se ficou o FC Porto em novidades de última hora.
No Sporting, vice-campeão nacional, o cenário não foi muito diferente. Sendo que o termo 'última hora' foi mesmo levado ao limite em Alvalade. É que o único reforço de fecho de mercado dos leões foi confirmado mesmo em cima da hora marcada para o encerrar da janela de transferências. Arthur Gomes chegou do Estoril (curiosamente o adversário do Sporting esta sexta-feira), que recebe, de imediato, 2,5 milhões de euros, num negócio que pode chegar aos 4 ME. Os canarinhos só tem 50 por cento do passe do jogador. Os adeptos leoninos contavam ver a chegada de um ponta-de-lança e de um médio, mas tiveram de se contentar com (mais) um extremo.
Os leões também inscreveram um 'excedentário' sem colocação - Eduardo - e viram Joelson Fernandes regressar do empréstimo ao Basileia. Quanto a saídas, cederam o jovem Geny Catamo, que renovou com o Sporting antes de ser emprestado ao Marítimo.
SC Braga com dois reforços a fechar
A realizar um arranque de temporada de grande nível, o SC Braga também não ficou parado no último dia da janela de transferências e apresentou mais dois reforços: Serdar Saatçi, de 19 anos, defesa central internacional sub-21 pela Turquia, chega do Besiktas, numa operação de 1,5 milhões de euros (ME), aos quais acresce 1 ME mediante objetivos, sendo que o clube turco mantém 20 por cento sobre uma mais-valia.
E já a poucas horas do encerrar da janela de transferências os minhotos garantiram, junto do Valência, o empréstimo do médio internacional sérvio Uros Racic, que assim regressa a Portugal depois de ter dado nas vistas no Famalicão em 2019/20.
E lá fora, como foi?
'Muita parra, pouca uva'. Será esta a expressão que melhor resumo o derradeiro dia do mercado de transferência de verão na generalidade das principais Ligas europeias. A verdade é que foram muitos os negócios, mas nenhum surpreendente ou a envolver um grande nome.
Ronaldo, depois de tanta tinta ter feito correr, acabou por ficar mesmo no Manchester United, que foi quem fechou a contratação mais dispendiosa deste Verão: Antony, adquirido ao Ajax a troco de 95 milhões de euros.
O português André Gomes foi cedido pelo Everton ao Lille, enquanto o Fulham de Marco Silva esteve bastante mexido, garantindo o veterano Willian e o lateral Kurzawa (cedido pelo PSG), para além de Carlos Vinícius.
O PSG também garantiu (mais um) um reforço para o meio-campo - Soler - e resolveu outras 'dores de cabeça'. Também muito mexido esteve o Barça, que venceu Aubameyang ao Chelsea, contratando Bellerín e deverá ainda garantir Marcos Alonso como jogador livre. Em sentido contrário, cedeu Dest ao Milan.
Nota ainda para a chegada ao Liverpool do médio Arthur, que chegou a ser apontado aos 'três grandes' de Portugal.
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