O Sporting visita domingo, a partir das 18h00, o terreno do AVS e Rui Borges, treinador dos leões, fez a antevisão à partida, falando ainda sobre outros assuntos da atualidade do clube verde e branco, entre eles a onda de lesões que assola a equipa.

O que espera do jogo e do AVS: "Vamos defrontar uma equipa que mudou de treinador há pouco tempo, um treinador que conheço e normalmente as suas equipas são organizadas e competitivas. Vamos encontrar um AVS competitivo, acima de tudo. Uma equipa que vai jogar contra o campeão nacional, que joga em casa, e que terá certamente uma ideia nova com o seu treinador e a querer fazer as coisas de melhor forma. Quando há uma mudança de treinador há sempre uma mudança de chip e esperamos isso. Mais do que o AVS, temos de sentir que seremos capazes de fazer um bom jogo e de voltarmos a ganhar."

Leões e muitas ausências no meio-campo: "Indisponíveis? Há o João Simões, que infelizmente sofreu uma lesão e que, penso eu, não jogará mais o resto da época. O Morten estava como castigado e está lesionado também. Temos pelo menos a boa notícia de o Ousmane poder dar o contributo à equipa. Não estamos aqui para lamentar nada. É o que é. O futebol é isto. O plantel é este, e é bom. Infelizmente, estamos com estas lesões que não controlamos. Vamos entrar com 11 jogadores e vamos ser competitivos. É certo que não temos jogadores de origem, mas temos jogadores que estão motivados para ajudar. Arranjaremos alternativas de certeza absoluta. Sinto a equipa alegre."

Palavras de confiança de Varandas na entrevista de sexta-feira: "Agradeço. É uma questão de confiança. Desde o primeiro dia que aqui cheguei que o diálogo, a confiança, o sentimento de ajuda e daquilo que é a missão Sporting é mútua e bem esclarecida entre todos. Há uma confiança enorme do presidente desde que aqui chegámos, mesmo do Hugo [Viana] na altura e agora do Bernardo ou do Flávio. O ambiente tem sido fantástico, muito bom mesmo. O ambiente na Academia é muito bom mesmo e não digo isto só para atirar para o ar. Estou feliz pela confiança, mas é algo que o sinto diariamente, não precisava de fazê-lo publicamente. Tenho sentido isso desde que aqui cheguei."

Lesões obrigam a abdicar de algumas competições: "O acumular de jogos leva muito a isso [lesões traumáticas]. Mais do que estar a dizer que vamos abidcar ou se concordo, é natural que ao haver tantos jogos, e sentir o que nos está a acontecer, não só a nós mas a muitas equipas, é natural que o presidente tenha dito o abdicar, mas não acho que seja a 100%. A Taça da Liga pode passar a ser um objetivo secundário e é normal que o presidente o faça. Gyökeres e Trincão de volta? Disse antes do jogo de Dortmund que era só gestão. Treinaram normal, por isso, estão para jogo."

Varandas disse que se o Sporting não for bicampeão a responsabilidade será dele: "A responsabilidade é de todos. Nunca fugirei das minhas responsabilidades enquanto treinador. Estou focado em ser bicampeão. Vai ser uma reta final difícil. Estou focado naquele que é o meu objetivo e o de todos. Não me passa outra coisa pela cabeça."

Inácio disponível, Geny ainda não: "O Inácio está para jogo, o Geny não. Acho que tem sido um desafio constante e não é só deste jogo. Temos de dar resposta em todos os jogos. Todos nós temos tentado lutar contra, queremos ser melhores e ganhar. É certo que não temos jogadores de raiz ali no meio, mas não vamos fugir. A pressão do Benfica ganhar ou não, é-me igual. Independentemente do Benfica temos de ganhar, dependemos apenas de nós. A pressão de ganhar é diária neste clube. Representamos o Sporting. Independentemente de o Benfica jogar antes ou depois, a pressão é a mesma."

O que diz aos jovens que têm sido aposta devido às leões: "Passar demasiada informação só porque vai jogar, para mim, por vezes não é positivo. De resto, digo o mesmo de sempre: para se divertirem em campo com a responsabilidade devida e que falhem. Com a idade deles, vão falhar. A nossa equipa tem uma média de idades muito baixa. O nosso caminho é esse. Que falhem muito, mas que reajam ao erro. Se fizerem isso, será um grande jogo."

Desiludido com o cenário, face às expectativas quando chegou ao Sporting? "Jamais estaria desiludido, não me façam essa pergunta. Falo do meu passado. Há sete anos começava no Mirandela. Estou muito feliz por poder ser treinador do Sporting, independentemente de tudo o que aconteça. Sinto harmonia naquilo que é a nossa liderança entre treinadores e jogadores. Não podia estar mais feliz. Tentamos ser sempre o melhor possível. Jamais diria em algum momento que estaria desiludido."