O presidente da Comissão de Gestão do Sporting, Artur Torres Pereira, garantiu que os onze membros do organismo que hoje tomou posse assumiram funções por estarem “em jogo valores fundacionais” do clube.

Na apresentação da equipa que compõe a Comissão de Gestão, cuja cerimónia foi conduzida pelo presidente demissionário da Mesa da Assembleia Geral (MAG) ‘leonina’, Jaime Marta Soares, o antigo vice-presidente da direção liderada por Bruno de Carvalho acusou o presidente suspenso de arrastar o clube para um “ciclo de acontecimentos deploráveis”.

“Podem enganar-se algumas pessoas durante algum tempo, e podem-se enganar muitas pessoas durante muito tempo. Mas não se podem enganar todas as pessoas todo o tempo”, afirmou, acrescentando que Bruno de Carvalho tenta disfarçar a situação atual “com novas promessas e falsas ilusões”.

Salientando que os onze elementos do órgão hoje empossado avançam “com sentido de responsabilidade e com determinação” para abrir espaço a um novo ciclo no clube, Artur Torres Pereira vincou que a prioridade é estabelecer um método de trabalho para a Comissão de Gestão.

“O primeiro objetivo é encontrarmos a forma ideal de trabalhar. Estou rodeado de pessoas livres, sérias, competentes e com idoneidade profissional. Dentro deste enquadramento, o ponto de partida é organizarmo-nos, tendo como objetivo estratégico a maneira de sermos mais eficientes para levar a cabo a missão transitória que temos”, disse.

Por outro lado, o agora líder da Comissão de Gestão preferiu não se alongar sobre o nível de intervenção que o organismo terá sobre a SAD ‘leonina’, onde o clube continua a ser o acionista maioritário, apesar de ter realçado que “não compete à Comissão de Gestão decidir sobre a escolha de jogadores ou treinadores”, remetendo essa tarefa para a SAD.

“A Comissão de Gestão não tem de ter opinião sobre os contratos celebrados pelo Conselho de Administração da SAD. O tempo se encarregará de vos dar as respostas. Nenhum de nós entrará em despique ou considerações pessoais sobre terceiros relacionados com o Sporting”, observou.

Confrontado com o cenário de uma possível destituição do Conselho Diretivo liderado por Bruno de Carvalho e uma consequente entrada na corrida para eventuais eleições, Artur Torres Pereira enfatizou que o mais importante para o clube é resolver os presentes problemas.

“Não gosto de especular com o futuro. Esta Comissão de Gestão tem muito com que se preocupar no presente para estar a pensar no passado ou no futuro. A nossa prioridade é gerir o clube até que os sócios do Sporting ponham um fim e invertam este ciclo, para que possamos respirar”, concluiu.