O presidente da Associação Portuguesa de Árbitros (APAF) defendeu hoje que o próximo líder da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) deve “conhecer verdadeiramente o futebol português” e elogiou o legado de Fernando Gomes no organismo.
“Interessa que seja alguém que conheça verdadeiramente o futebol português e saiba que o futebol português vai muito além do futebol profissional e que existe futsal, 22 associações e associações de classe”, afirmou Luciano Gonçalves em declarações à agência Lusa.
O líder da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol considerou que “mais do que os nomes” dos candidatos, importa as “ideias e os projetos” para o futebol.
“Para nós o importante é que o próximo presidente da FPF não seja só o nome, mas seja efetivamente conhecedor do futebol português na sua globalidade”, salientou.
O jornal Expresso adianta hoje que o antigo futebolista Luís Figo está a preparar uma candidatura à FPF em 2024, ano em que Fernando Gomes vai deixar a presidência por limite legal de mandatos.
Para Luciano Gonçalves “ainda é muito cedo” para perceber quem “tem condições” para liderar o futebol nacional.
“Sobre os nomes que têm vindo a público, não tenho opinião formada (…). Sobre estes nomes que têm sido falados, certamente existem outros tantos que podem ter tanta qualidade para serem possíveis presidentes da FPF. Para nós, o que interessa é o projeto e não o nome”, vincou.
Salientando que “ninguém é insubstituível”, o dirigente considerou que o próximo líder da FPF vai ter de se “esforçar muito mais” devido ao legado deixado por Fernando Gomes.
“Depois de uma passagem de Fernando Gomes com um trabalho de excelência, conquistando e feito tanta obra, o próximo presidente da FPF tem de se esforçar muito mais para alcançar mais do que foi conseguido nestes últimos anos”, avisou.
Questionado sobre se defende um trabalho de continuidade à frente da Federação, o presidente da APAF insistiu que o “importante” é o “projeto” de cada candidato.
“É impossível, quem quer que seja, dizer à data que o A, o B ou o C será continuidade. Não conheço projetos. Até lá, será apenas jogos de bastidores e jogos políticos”, assinalou.
E concluiu: “O que faz ter continuidade ou não é o projeto. Até podem existir pessoas dentro da estrutura que supostamente sejam de uma linha de continuidade, mas depois o projeto não ser nada igual à continuidade”.
Por sua vez, contactado pela Lusa, o presidente da Associação Nacional de Treinadores de Futebol, José Pereira, rejeitou “falar no escuro” e sobre “suposições” acerca do futuro da FPF.
“Estou à espera dos projetos dos próximos candidatos e depois, mediante os projetos deles, poderemos tecer algumas considerações. Não me posso antecipar”, declarou.
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