O candidato à presidência do Vitória de Guimarães António Miguel Cardoso defendeu que os resultados desportivos do clube da I Liga portuguesa de futebol podem melhorar, apesar da eventual redução dos orçamentos adotados nos últimos três anos.
Segundo nome mais votado nas eleições de 20 de julho de 2019, atrás do atual presidente vitoriano, Miguel Pinto Lisboa, o empresário de 45 anos apresenta-se de novo a sufrágio com a crença de que a equipa principal vimaranense pode superar os sétimos lugares de 2019/20 e 2020/21, mesmo com a redução do orçamento para o futebol profissional, que ronda os 20 milhões de euros para a época em curso.
“Tem de ser [possível fazer melhor desportivamente]. Os orçamentos que temos hoje em dia não correspondem aos resultados desportivos. São altíssimos. Com mais empenho, mais cultura desportiva, mais critério nas contratações e maior coordenação com as equipas técnicas e todo o departamento diretivo, as coisas vão correr muito melhor, porque um clube como o Vitória tem de andar sempre ‘lá em cima’”, realçou, após a sessão pública de apresentação da candidatura, no Instituto de Design de Guimarães.
Depois de três anos sob a presidência de Miguel Pinto Lisboa que considerou “penosos no plano financeiro, desportivo e estratégico”, com “falta de liderança”, “falta de comunicação” e “perda de identidade”, o candidato às eleições de 05 de março considerou necessário “mudar de rumo” e defendeu que o atual treinador da equipa principal, Pepa, pode fazer um melhor trabalho caso seja mais apoiado.
“O Pepa faz parte do projeto desportivo. Isso é indiscutível. Mas é precisa uma outra gestão da equipa profissional do Vitória, com mais coordenação e mais diálogo. Precisa de uma direção que o apoie nos momentos bons e nos momentos maus. Dessa forma, pode vir a fazer muito mais”, acrescentou.
Quanto ao futebol, o ‘rosto’ da lista ‘Mais Vitória’ prometeu ainda formar uma “estrutura profissionalizada”, com a “meritocracia” como “regra de ouro”, desde o presidente e a administração da SAD aos futebolistas das equipas profissionais e de formação, e também apostar mais na vertente feminina da modalidade.
Depois da “blindagem dos estatutos da SAD” ter sido uma das suas ‘bandeiras’ da campanha eleitoral de 2019, António Miguel Cardoso reconheceu que esse objetivo foi cumprido pela direção presidida por Miguel Pinto Lisboa, ainda que não se “saibam muito bem os moldes” da compra das ações da SAD pelo clube ao anterior acionista maioritário, Mário Ferreira.
Depois de a SAD ter apresentado um resultado líquido negativo de 8,2 milhões de euros e um passivo de 61,7 milhões no final da época 2020/21, o candidato vincou que a discussão em torno das eleições de 2022 deve “incidir na gestão financeira”, apesar da recandidatura de Miguel Pinto Lisboa poder indiciar que “as coisas não estão assim tão más”.
Além “do futebol profissional e de formação” e da “restruturação financeira”, a proposta da lista ‘Mais Vitória’ assenta noutros quatro eixos - “modalidades”, “associados e ‘marketing’”, “património e infraestruturas”, e “linhas orientadoras para 2030”.
Nesse âmbito, o empresário nascido e residente no Porto prometeu ainda, em caso de eleição, “abandonar as principais ocupações profissionais” e “assumir o Vitória a tempo inteiro”, implementando medidas como “parcerias de dimensão internacional” para as modalidades de pavilhão.
António Miguel Cardoso vai concorrer à presidência do Vitória de Guimarães com Miguel Pinto Lisboa e o ex-futebolista do clube Alex Costa, encabeçando uma lista que inclui Pedro Meireles, Armando Guimarães, Nuno Soares Leite e Diogo Leite Ribeiro como candidatos a vice-presidentes, Belmiro Pinto dos Santos como candidato a presidente da Mesa da Assembleia Geral, Ricardo Lobo para o Conselho Fiscal e João Henrique Faria para o Conselho de Jurisdição.
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