Sérgio Conceição dificilmente podia ter pedido melhor cenário: um jogo tranquilo e uma vitória fácil em Portimão antes de o FC Porto viajar até Londres para o decisivo embate da segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões com o Arsenal, na terça-feira. Os dragões encontraram pela frente um Portimonense demasiado frágil, quer a atacar, quer a defender, e sem suar muito somaram um triunfo por esclarecedores 3-0.
Com uma exibição segura, para a qual contribuiu também o golo madrugador de Nico González, os azuis e brancos deram o melhor seguimento à goleada da jornada passada ao Benfica e parecem agora uma equipa bem mais confiante. O FC Porto cumpriu a sua parte, somou mais três pontos, colocou alguma pressão sobre os rivais de Lisboa, que só jogam domingo, e mostrou que ainda pode ter uma palavra a dizer na luta pelo título.
As boas notícias não se ficam por aqui para Sérgio Conceição: os dragões parecem ter encontrado no reforço Otávio um central que traz outra segurança e qualidade ao eixo defensivo, no meio-campo Nico González está, enfim, a afirmar-se em definitivo (estreando-se até a marcar pelos azuis e brancos) e Pepê e Galeno voltaram a demonstrar que atravessam um excelente momento de forma. O que o FC Porto ainda pode alcançar até ao final da temporada é uma incógnita, mas a confiança está a crescer.
Do outro lado, o Portimonense foi uma equipa quase 100 por cento inoperante. Os algarvios somaram o sexto jogo seguido sem ganhar (quatro derrotas e dois empates) e Paulo Sérgio terá muito trabalho pela frente na luta por manter o conjunto de Portimão no escalão principal.
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O jogo: Ganhar sem suar muito, que vêm aí compromissos mais complicados
Sérgio Conceição não fez poupanças e apostou exatamente no mesmo onze que havia entrado em campo contra o Benfica. Os dragões até apanharam um pequeno susto logo a abrir, com o Portimonense a ameaçar naquela que seria uma das poucas situações de golo que viria a criar. Mas os anfitriões não marcaram e quem marcou, logo a seguir, foi o FC Porto.
Estavam decorridos sete minutos de jogo quando Evanilson recuperou uma bola na grande área contrária, passou para Galeno e este, com um toque subtil serviu Nico González para o 1-0. O 2-0 esteve à vista logo depois, num chapéu de Pepê devolvido pela trave mas, apesar do domínio azul e branco, só chegou no segundo tempo, aos 59 minutos. Nova jogada de insistência, desta feita pela esquerda, com Wendell a deixar a bola em Galeno e este a fazer o resto, como tão bem sabe: fletir para o meio e atirar em arco para o fundo das redes.
O mesmo Galeno falhou, depois, isolado o bis na partida, mas as dúvidas - se é que ainda existiam - quanto ao desfecho da partida acabaram aos 79 minutos quando Pepê, com enorme classe, assistido por um recém-entrado Jorge Sanchéz, fixou o resultado final em 3-0.
O momento: Golo cedo facilitou vida aos dragões
Decorria apenas o minuto 7 da partida quando o FC Porto desbloqueou o jogo. Atraso arriscado de Gonçalo Costa, Evanilson ao primeiro poste recupera e toca para trás para Galeno, que deixa para Nico González e este aproveita e de pé esquerdo faz o primeiro da partida. Estava feito o mais difícil...
A Figura: Galeno continua inspirado
Afinal, não é só na Liga dos Campeões. Nem só nos jogos grandes. Depois de dar a vitória ao FC Porto contra o Arsenal na primeira mão dos oitavos de final da Champions (prova onde já leva cinco golos esta temporada), e de brilhar contra o Benfica (com dois golos e uma assistência), Galeno voltou a mostrar que está em grande forma, ao fazer a assistência para o primeiro golo e ao assinar ele mesmo o segundo, com um bonito remate, num lance que começa já a ser quase a sua imagem de marca.
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