O Sporting sofreu, e bem, mas conseguiu regressar às vitórias depois de dois empates que fizeram os principais rivais acreditar numa possível quebra leonina na reta final do campeonato.
Os leões de Rúben Amorim foram ao reduto do Farense vencer por 0-1, graças a um tento de Pedro Gonçalves, que marcou pela segunda partida consecutiva.
Com a vitória da última noite, o Sporting volta a colocar-se, de forma provisória, a nove pontos de distância do FC Porto, segundo classificado, que só joga no próximo domingo.
O Jogo: Nervos e sofrimento
Face à última partida, frente ao Famalicão, Rúben Amorim promoveu três alterações no onze inicial com as saídas de Feddal, Neto e Tiago Tomás, para as entradas de Gonçalo Inácio, Matheus Reis e Daniel Bragança na equipa.
Já Jorge Costa promoveu apenas uma alteração na equipa do Farense, face ao onze apresentado frente ao Marítimo, com a saída de Madi Queta e a entrada de Licá.
O Farense entrou atrevido na partida, com Pedro Henrique a pressionar alto e a obrigar Adán a impedir o perigo na sua grande área, logo nos primeiros segundos de jogo. Os algarvios tiveram uma boa entrada na partida, mas sem criar grande perigo à baliza leonina.
O Sporting reagiu e aos oito minutos, João Mário foi o primeiro a testar Beto, que com uma palmada evitou o primeiro golo da partida.
A partida estava dividida, com um Farense a dar uma boa imagem, a chegar ao último terço por diversas ocasiões, contra um Sporting que continuou a não mostrar o gás de outros tempos.
Ainda assim, os leões de Lisboa voltaram a ficar perto do golo aos 27 minutos quando Pedro Gonçalves, após passe de Daniel Bragança, colocou a bola em João Mário que atirou à malha lateral da baliza algarvia.
A equipa de Rúben Amorim, que assistia das bancadas, sentia dificuldades graças à defesa algarvia, mas o golo acabou por aparecer, mesmo sem fazer uma exibição de encher o olho.
Depois de Coates obrigar Beto a uma enorme intervenção, foi Pedro Gonçalves, no lance seguinte, a atirar a bola para o fundo da baliza do Farense aos 35 minutos.
O golo deu outra moral à equipa do Sporting que cresceu na equipa, evitando que o Farense criasse muito perigo junto à sua grande área, ainda que lá tenha chegado perto em duas ocasiões, antes do final da primeira parte.
Numa dessas ocasiões, o Farense ficou a pedir uma grande penalidade por alegada falta de Nuno Mendes sobre Tomás Tavares no interior da grande área. Hugo Miguel e o VAR entenderam que não houve nada de ilegal e mandaram seguir a partida.
O resultado ao intervalo justificava-se face ao maior número de oportunidades que o Sporting teve nos pés, ainda que penalizasse um Farense que estava a jogar olhos nos olhos com os leões de Lisboa e provocaram alguns sustos a Adán.
A segunda parte começou com o Farense a testar Adán, com Eduardo Mancha a cabecear após canto diretamente para as mãos do guardião espanhol aos 47 minutos.
Aos 50 minutos, o Sporting esteve perto do segundo, mas Paulinho, isolado, optou por tentar assistir João Mário para o golo. Contudo, o esférico acabou por sair pela linha lateral. Um desperdício da equipa de Alvalade.
Três minutos depois, foi Pedro Henrique quem ficou perto do golo, mas valeu Adán, com uma defesa à queima-roupa, a impedir aquele que seria o golo do empate.
Aos 57 minutos, Paulinho esteve perto de assinar o 0-2, mas viu Beto, com (mais uma) grande intervenção a colocar-se no seu caminho e a impedir o segundo golo da equipa de Alvalade. Noite de luxo nas duas balizas.
Esta foi, de resto, a última grande oportunidade de que o Sporting dispôs na partida. Sem chegar ao segundo golo, o Sporting acusava a ansiedade e o Farense ia aproveitando para criar cada vez mais perigo junto da grande área dos lisboetas.
Este perigo atingiu o seu ponto máximo aos 81 minutos quando Mansilla, pela esquerda, cruzou rasteiro para Bandarra, que encostou o esférico para o interior da baliza defendida por Adán.
Contudo, o líder foi 'salvo' pela posição irregular de Mansilla no início da jogada, algo assinalado pelo auxiliar de imediato e confirmado pelo VAR.
Os últimos minutos foram de sofrimento para o Sporting, que ficou remetido ao seu último terço, mas beneficiou de mais uma grande intervenção de Adán, a remate de Mansilla, aos 84 minutos e dos remates descalibrados dos jogadores do Farense que voltaram a perder na Primeira Liga.
Com a vitória em Faro, o Sporting, além de somar mais três pontos na luta pelo título (soma agora 69, mais nove que o FC Porto que tem menos um jogo), marcou um novo recorde na história do clube.
27 jornadas depois, o Sporting continua sem perder, naquele que é o melhor registo da história do clube, ultrapassando a série de 26 jogos sem perder alcançados em 2001/2002 ao comando de Laszlo Boloni.
Momento: Minuto 35 - Golo de Pedro Gonçalves
Melhor: Os senhores das balizas
Foi uma noite de grandes exibições nas balizas do Estádio de São Luís. Adán foi um dos grandes responsáveis pela vitória leonina, segurando a vitória com um par de grandes defesas. Na baliza adversária, Beto foi o responsável por manter o Farense em busca de outro resultado com algumas defesas de encher o olho, principalmente a realizada aos 57 minutos, após remate de Paulinho.
Pior: Finalização leonina
O líder tem vindo a perder gás e isso nota-se na hora de finalizar. A equipa de Rúben Amorim nem sempre tomou as melhores opções na hora de atirar a ‘redondinha’ para o fundo das redes, com a opção de Paulinho em tentar assistir João Mário em vez de rematar, aos 50 minutos, a ficar na retina. Ansiedade de final de campeonato?
Reações
Adán: "A equipa lutou e manteve um resultado que era importante"
Beto: "Não atiramos a toalha ao chão"
Jorge Costa queixa-se de um penálti que ficou por marcar
Rúben Amorim: "Quando a ansiedade cresce, nota-se a inexperiência"
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