Em terras minhotas, acabou por ser um jogo de ironias, e de oitos e oitentas no duelo entre Famalicão e FC Porto. 'A tragédia, o drama, e o horror'. O FC Porto chegou mesmo a fazer a reviravolta frente ao Famalicão. Mas do golo anulado resultou num penalti a favor dos famalicenses, que foi travado por Diogo Costa. Com este empate, os azuis e brancos somaram o quinto jogo sem vencer fora de portas.
Os portistas tiveram maior caudal ofensivo, mais remates, mais ataques, mas não se conseguiram superiorizar ao estoico oponente. A estatística consegue-nos dar indicadores, mas não conta a história de um jogo, quase de sentido único, mas em que o Famalicão acabou por se valer da eficácia, e até poderia - diga-se a verdade - ter vencido o encontro.
Vamos por partes: Primeiro tempo com uma só nota dominante, com os dragões 'mandões' no jogo, 'pressing' forte sobre o adversário e com varias aproximações à baliza. A mobilidade dos jogadores da frente confundia as marcações dos famalicenses, o FC Porto tentou explorou os cruzamentos para tentar desbloquear o marcador, mas sem sucesso, face à linha recuada adversária, que encurtava a profundidade. Perante equipas com linhas mais fechadas, por vezes é preciso um rasgo para desbloquear e resolver a equação. E sem o ter, o Famalicão colocou-se em vantagem à beira do intervalo. Mal, muito mal Diogo Costa na abordagem ao lance. Aranda inaugurou o marcador depois de uma má abordagem do guardião portista.
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Sofrer, em cima do intervalo, geralmente diz-se que é uma piores alturas para uma equipa se ver desvantagem. Os azuis e brancos arregaçaram as mangas e continuaram dominantes, pedia-se por isso maior clarividência. Samu fez o ameaço antes do golo, com Zlobin a sair a tempo de evitar o empate. Minutos depois nada pôde fazer quando colocou a bola no espanhol, que fez o empate.
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Com 52 minutos de jogo, os portistas tinham tempo, mais do que suficiente para emendar a mão. O contexto até pareceu favorável, quando Samu, quase sempre ele, no coração da área, atirou para o fundo da baliza. Mas o VAR, a tecnologia que trouxe (pelo menos na maioria das vezes) justiça ao futebol, ajudou João Godinho a reverter o golo e a assinalar grande penalidade ao favor do Famalicão. Viu-se mão na bola de Pepê. Mas um penalti, contra Diogo Costa, está longe de ser golo garantido, e o guardião travou o desfecho, do que poderia ter sido a descida do céu ao inferno dos dragões.
Momento
Só poderia ser o golo anulado e o penalti defendido. O portistas (aos 74´) festejaram a reviravolta no que seria o bis de Samu, mas viram o contexto alterar-se em quatro minutos. Luís Godinho foi ver as imagens e considerou haver penalti, depois de ver mão de Pepê na área.
Melhores
Diogo Costa
São assim os grandes guarda-redes, comprometem, mas depois sabem responder como ninguém. Aconteceu a Diogo Costa. Ficou mal na fotografia no lance do golo do Famalicão, numa má abordagem ao lance, mas acabou por se redimir no penalti defendido perante Aranda.
Aranda
Esteve em foco por vários motivos, mas voltou a demonstrar que está num bom momento, depois do seu segundo golo consecutivo. Aproveitou da melhor forma uma falha de Diogo Costa, mas na segunda oportunidade de que dispôs, numa grande penalidade, não foi frio o suficiente para bater o internacional português.
Samu
Lutou muito, mas teve dificuldades em soltar-se da marcação e procurar a profundidade. Marcou mais um golo para a conta pessoal, e viu ser-lhe anulado o que seria o bis.
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