O FC Porto está a colaborar com as autoridades policiais para a identificação dos autores de “comportamentos inapropriados” na visita ao Famalicão (1-1), no sábado, da 13.ª jornada da I Liga de futebol, anunciaram hoje os ‘dragões’.

“O FC Porto repudia com toda a veemência todos os insultos, ameaças, comportamentos violentos e tentativas de agressão protagonizados ao longo do dia por alguns indivíduos desordeiros, direcionados aos seus jogadores, equipa técnica e jornalistas do Porto Canal”, denunciou a direção presidida por André Villas-Boas, em comunicado publicado no sítio oficial do clube na Internet.

A equipa voltou a ser contestada após o final do embate em Vila Nova de Famalicão, ao ser recebida com palavras de insatisfação junto da bancada afeta aos adeptos ‘azuis e brancos’, sendo que o treinador Vítor Bruno quase foi atingido por uma garrafa de água.

“Esses comportamentos inadequados e injuriosos verificados antes e no final do jogo contra o Famalicão não são toleráveis e revelam-se atentatórios do bom-nome e da honra do clube, não só colocando em risco a integridade física dos seus profissionais bem como, no caso dos colaboradores do Porto Canal, atentam contra a liberdade de informação”, frisou, prometendo medidas consequentes em função do apuramento das responsabilidades.

O empate com o Famalicão implicou a descida do FC Porto ao terceiro lugar da I Liga, por troca com o Benfica, num embate que o espanhol Óscar Aranda adiantou os minhotos, aos 44 minutos, e ainda desperdiçou uma grande penalidade, aos 78, enquanto o compatriota Samu igualou aos 52, sem evitar o terceiro deslize dos ‘dragões’ na prova.

Ao chegar à quinta partida seguida sem vitórias como visitante em todas as provas, registo averbado pela última vez em março de 2014, a equipa de Vítor Bruno passou a somar os mesmos 31 pontos das ‘águias’ (menos um jogo), ambos a dois do líder isolado Sporting, que tinha perdido na quinta-feira na visita ao Moreirense (2-1), na abertura da 13.ª ronda.

O treinador do FC Porto já tinha sido um dos principais visados por quase duas dezenas de adeptos na chegada ao Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, no Olival, após a goleada sofrida na visita ao Benfica (4-1), em 10 de novembro, da 11.ª jornada da I Liga.

Os adeptos voltaram a contestar a equipa há duas semanas exatas, quando, na sequência do afastamento perante o Moreirense na quarta eliminatória da Taça de Portugal, prova conquistada pelo FC Porto nas últimas três temporadas, cerca de meia centena pediu a demissão do presidente André Villas-Boas e cantou pelo antecessor Pinto da Costa à porta do Estádio do Dragão, no Porto.

Além de terem assobiado e deixado palavras de insatisfação à equipa, os contestatários arremessaram um artefacto pirotécnico contra o autocarro ‘azul e branco’, levando Villas-Boas, Jorge Costa, diretor do futebol profissional, e outros dirigentes do clube a saírem das garagens rodeados de seguranças para tentarem serenar os ânimos.