No segundo jogo (o primeiro em casa) desde a saída de Jorge Jesus, o Benfica regressou às vitórias e encurtou a distância para um dos rivais diretos na luta pelo título, o Sporting. O triunfo por 2-0 sobre o Paços de Ferreira acabou por surgir com naturalidade, embora o primeiro golo só tenha aparecido depois de o adversário ficar reduzido a dez jogadores, mesmo à beira do intervalo, num encontro em que as águias estavam a dominar e a criar lances de perigo, mas em que não estavam a conseguir marcar.

Efetivamente, e apesar de o Benfica ter entrado em campo com a atitude certa, criando uma mão cheia de oportunidades claras de golo nos primeiros 45 minutos, o nulo parecia destinado a subsistir até ao intervalo, face ao desperdício das águias. Mas, no primeiro minuto do período do tempo de compensação, Deni Jr. entrou com demasiada impetuosidade a um lance, não conseguiu evitar que o seu pé acertasse no braço de Grimaldo e acabou por ver (por indicação do VAR) o cartão vermelho.

Coincidência ou (provavelmente) não, a verdade é que o Benfica marcou logo a seguir, ainda antes do intervalo. Um golo que, perante um adversário que iria assim entrar na segunda parte em inferioridade numérica e em desvantagem no marcador, abriu caminho ao natural triunfo da formação agora orientada por Nelson Veríssimo. E só a ineficácia dos homens da frente, que continuou na segunda parte, impediu que esse triunfo fosse mais dilatado, com direito até a um um sobressalto pelo meio, com o Paços a ameaçar o empate antes do segundo golo (e que golo!) do Benfica trazer, enfim, a tranquilidade definitiva.

Resumindo: uma vitória justa e sem grande discussão para o Benfica, num jogo que se podia ainda assim ter complicado se não fossem os eventos - expulsão e golo - que marcaram o final dos primeiros 45 minutos.

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O jogo: tanto desperdício podia ter custado caro ao Benfica

Com algumas baixas ditadas pela COVID-19, Nelson Veríssimo voltou a apostar no 4x4x2 que já tinha utilizado no Estádio do Dragão e, face à ausência de Yaremchuk e à falta de ritmo de Darwin Nuñez (que começou no banco), Seferovic fez dupla com Gonçalo Ramos (novamente titular) na frente de ataque do Benfica.

O português e o suíço estiveram perto do golo nos dez minutos iniciais e Rafa também esteve à beira de marcar no quarto de hora inicial, com as águias a mostrarem velocidade e bom entendimento entre os setores, sobretudo na esquerda, com Everton e Grimaldo particulamente inspirados no primeiro tempo.

A espaços, o Paços conseguia sacudir a pressão e passar algum tempo a trocar a bola no meio campo contrário, mas depressa o Benfica voltava à carga, com Seferovic e Gonçalo Ramos (este a acertar mesmo na trave) a voltarem a dispor de duas boas oportunidades para marcar. Só que a bola não entrava e o intervalo aproximava-se. Até que surgiu a tal expulsão de Deni Jr. e, logo depois, o golo inaugural da partida, assinado por João Mário, na (feliz) recarga a um primeiro remate de Gonçalo Ramos.

A segunda parte começou com o Benfica em vantagem no marcador e no número de jogadores em campo, mas o desperdício continuou, o que ia permitindo ao Paços de Ferreira acreditar na recuperação. Ao ponto de, perto da hora de jogo, Diaby, entrado minutos antes, ter surgido na cara de Helton Leite (titular na baliza das águias) e ameaçado o empate. Até que surgiu mesmo o 2-0, num espetacular remate de Grimaldo. O golo ditou o baixar dos braços por parte do Paços, mas não parou com o desperdício do Benfica. Darwin Nuñez que o diga...

O momento: vermelho a fechar a primeira parte

Minuto 45+2': o nulo persiste e o intervalo aproxima-se. Num lance dividido a meio campo, Deni Jr. entra de forma impetuosa para pontapear uma bola e não consegue evitar que o seu pé atinja o braço de Grimaldo, acabando expulso com vermelho directo! Inicialmente, Vítor Ferreira mostra o amarelo pela falta, mas depois de alertado pelo VAR o árbitro vai ver as imagens e muda o cor do cartão. Instantes depois, o Benfica iria enfim inaugurar o marcador...

O melhor: o golo de Grimaldo

Grimaldo já estava a ser, indiscutivelmente, um dos melhores em campo, com o Benfica a carrilar pelo flanco esquerdo a maior parte dos seus lances de maior perigo. Mas a noite do lateral espanhol tornou-se ainda mais memorável com o fenomenal golo que marcou a meio do segundo tempo, com o qual acabou com as dúvidas em relação ao desfecho do encontro.

O pior: a impetuosidade de Deni Jr. o lance da expulsão

O lance em que atinge Grimaldo, percebe-se perfeitamente, não foi propositado, mas Deni Jr. não tinha necessidade de entrar de forma tão impetuosa no lance que ditou a sua expulsão. Um excesso de impetuosidade que custou caro ao Paços de Ferreira.

As reações

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O resumo

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