Antonio Adán vai mesmo falhar o dérbi com o Benfica, da 33ª jornada da I Liga. O Pleno do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol rejeitou o recurso do Sporting, que pedia a despenalização do guardião espanhol, após a sua expulsão diante do Marítimo por duplo amarelo.
“Acordam os membros da secção profissional do Conselho de Disciplina em julgar improcedente o recurso interposto por António Adan Garrido, jogador do Sporting, Futebol SAD, e, consequentemente, confirmar a decisão disciplinar sumária recorrida”, pode ler-se no acórdão hoje divulgado.
Assim, na baliza dos leões estará Franco Israel, como Ruben Amorim já tinha confirmado.
Adán foi expulso no encontro da 32.ª jornada do campeonato, frente ao Marítimo, por acumulação de cartões amarelos, e castigado com um encontro de suspensão pelo Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
O Sporting tentou que o castigo aplicado ao guardião espanhol fosse suspenso pelos tribunais, uma estratégia que tinha resultado em situações anteriores, com Palhinha e com Paulinho.
Os leões queriam que o primeiro amarelo a Adán fosse retirado, por entender que foi mal mostrado (empurrão negligente a Riascos, como o árbitro descreveu). O espanhol foi expulso nos descontos quando viu um segundo amarelo por protestar o golo validado ao Marítimo aos 90+8 pelo árbitro Tiago Martins e, minutos depois, anulado pelo mesmo árbitro com recurso ao VAR. O Sporting venceu por 2-1.
O documento da FPF aponta para recurso hierárquico impróprio como razão da manutenção de um jogo de suspensão para o guardião espanhol, expulso na vitória caseira de 13 de maio ante o Marítimo (2-1).
De acordo com a FPF, o Sporting não utilizou os meios habituais para enviar o processo ao Conselho de Disciplina (CD). O e-mail com o recurso do departamento jurídico do Sporting foi parar ao 'spam' (lixo) porque os leões não utilizaram a plataforma habitual para apresentação de recursos. O Sporting também não verificou a receção do e-mail por parte do Conselho de Disciplina.
O Conselho de Disciplina diz ainda que mesmo que o recurso tivesse dado entrada em tempo útil e pelos meios habituais, iria manter a suspensão de um jogo aplicado ao guarda-redes do Sporting, já que iria fazer prevalecer o 'Field of Play Doctrine' ou doutrina da autoridade do árbitro, ou seja, a decisão e análise do juiz Tiago Martins em campo.
A suspensão de Adán, habitual titular da baliza dos ‘leões’ “não viola o conteúdo essencial do direito fundamental, mormente o de defesa, e por isso não fere de nulidade a predita decisão sumária”, pode ler-se no acórdão.
O Sporting recebe o Benfica no domingo, em desafio da 33.ª e penúltima jornada da I Liga de futebol, com início previsto para as 20h30, no Estádio José Alvalade, em Lisboa, e arbitragem de João Pinheiro (AF Braga).
A equipa orientada por Rúben Amorim segue em quarto lugar no campeonato e pode entrar em campo já sem possibilidades de lutar pelo terceiro, de acesso à terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, se o Sporting de Braga vencer hoje na visita ao Boavista.
O Benfica lidera a classificação, com mais quatro pontos do que o FC Porto, e pode entrar em campo já como campeão nacional, se os ‘dragões’ perderem hoje, na visita ao Famalicão, ou festejar o título se conseguir, em Alvalade, pelo menos o mesmo resultado que os ‘azuis e brancos’ fizerem no Minho.
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