Um clássico emocionante e intenso do início ao fim - nem sempre pelos melhores motivos - só podia dar empate. O resultado, ainda assim, serve mais o FC Porto, que consegue manter os seis pontos de vantagem sobre o Sporting. A equipa de Rúben Amorim esteve a vencer por 2-0, mas acabou por permitir que os dragões restabelecessem a igualdade. Pelo meio, Coates ainda foi expulso e no final o caldo entornou, com as duas equipas pegadas e muitos vermelhos distribuídos.
Com este resultado, o FC Porto, que interrompeu uma série de 16 vitórias consecutivas, segue invicto na liderança do campeonato, agora com 60 pontos, mais seis do que o Sporting e 13 do que o Benfica, que tem menos um jogo.
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No lado do FC Porto, a grande dúvida passava pela recuperação de Diogo Costa a tempo do jogo, algo que se confirmou, tal como a titularidade de Pepe. Sérgio Conceição mudou o esquema para 4-4-2, com dois avançados, permitindo o regresso de Taremi para fazer parceria com Evanilson (Pepê foi o sacrificado).
Nos leões, Manuel Ugarte foi aposta de Rúben Amorim para o meio-campo, relegando Palhinha para o banco. No ataque, Nuno Santos rendeu o lesionado Pedro Gonçalves.
O FC Porto entrou a todo o gás e logo nos primeiros segundos obrigou Adán a duas defesas, primeiro a remate de fora da área de Vitinha e depois à recarga de Taremi. Logo a seguir, num livre ensaiado, Pepe apareceu na área a disparar de primeira, mas ao lado.
O Dragão empolgava-se com a boa entrada da equipa portista, mas acabou por ser o Sporting a chegar à vantagem. Aos oito minutos, Esgaio cruzou largo e encontrou Matheus Reis, o brasileiro voltou a cruzar no lado contrário para o coração da área, onde estava Paulinho, entre Pepe e Mbemba, com o avançado a cabecear sem grande oposição para o 12.º golo da temporada.
Aos 10’ o FC Porto ficou a pedir penálti sobre Evanilson, mas João Pinheiro mandou seguir após consultar o VAR. Os azuis e brancos atacavam mais, porém, com menos discernimento do que o Sporting, que colocou todas as fichas nos contragolpes rápidos.
Aos 21' Sarabia cruzou na direita para Nuno Santos, na pequena área, mas este tocou mal na bola quando era só desviar para golo. A ameaça do 2-0 concretizou-se já depois da meia-hora de jogo, numa belíssima jogada dos leões: Matheus Reis cruzou ao segundo poste, Pepe não chegou e Sarabia tocou atrasado para Nuno Santos na pequena área, com este a atirar para o fundo da baliza.
Apesar do balde de água fria, a resposta do FC Porto foi imediata. Aos 38' Fábio Vieira abriu na esquerda em Taremi e voltou a receber do iraniano para atirar de primeira, à entrada da grande área, sem hipóteses de defesa para Adán.
O clássico fervilhava por esta altura, pelo que até ao intervalo pouco futebol se viu, com muitos nervos, quezílias e interrupções a marcarem o final da primeira parte. Esperava-se que o descanso serenasse os ânimos, mas o regresso começou logo com uma expulsão. Coates derrubou Evanilson e viu o segundo amarelo, deixando o Sporting reduzido a dez na pior altura possível.
Rúben Amorim procurou estancar o ímpeto portista e lançou em campo Palhinha, enquanto do outro lado Galeno entrava para dinamizar o ataque dos dragões. A estratégia do técnico leonino parecia estar a resultar, com o FC Porto a mostrar mais dificuldades para chegar à baliza de Adán - exceção feita a um remate ao poste de Zaidu (59').
Sérgio Conceição arriscou e lançou mais homens na frente - entraram Pepê e Francisco Conceição -, até que as investidas do FC Porto surtiram efeito. Aos 78' Fábio Vieira cruzou da esquerda e Taremi ganhou sobre Feddal para cabecear para o 2-2
Sem surpresas, os dragões carregaram na busca da reviravolta - Adán ainda defendeu para a trave um cabeceamento de Grujic - mas o empate manteve-se até ao fim. Logo depois do apito final, instalou-se a confusão no relvado, com vários cartões vermelhos mostrados aos jogadores e membros do 'staff' das duas equipas.
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