O tetracampeão em título Benfica venceu hoje por 3-1 no reduto do Sporting de Braga e ascendeu, provisoriamente, ao segundo lugar da I Liga portuguesa de futebol, em encontro da 19.ª jornada.

O argentino Salvio, aos 11 minutos, o brasileiro Jonas, que apontou o 21.º tento na prova, aos 64, e o mexicano Raúl Jiménez, aos 90+1, selaram o triunfo dos ‘encarnandos’, o primeiro e terceiro após assistências do argentino Cervi.

No final do jogo, Abel Ferreira considerou a qualidade do passe fez a diferença entre as equopas e que os golos do adversário foram alcançados nas transições.

"Acreditámos sempre até ao fim. Foi um bom espetáculo. O jogo, para mim, resumiu-se à diferença na qualidade do passe entre uma e outra equipa. Para mim, foi esse o segredo que ditou o resultado. O primeiro golo resulta de um lançamento a nosso favor. Depois de sofrer tivemos duas oportunidades. Uma do Ricardo Horta, que é só tocar ao lado, outra do Fábio Martins, que chegou tarde. Ainda muito a quente, sem uma análise como deve ser, para mim o resultado teve que ver com erros técnicos e qualidade do passe. No basquetebol são os turnovers. Foram erros não forçados. É por aí que temos de melhorar", começou por dizer Abel Ferreira sobre o jogo.

"Sabíamos que teríamos um adversário que defende com linha em cima do meio campo. Joga com três jogadores fortíssimos no meio campo e pressionam muito. O que deveríamos ter feito na fase inicial era acelerar pelos corredores ou, em variações, que fizemos uma ou duas vezes, ou ainda diagonais. Não fomos capazes de o conseguir fazer, as que fizemos criámos perigo. Mas era o que tínhamos que fazer mais vezes. Os três golos do Benfica surgem em transição e, como disse, teríamos de jogar menos em apoios frontais. Mas reforço: a diferença esteve na qualidade do passe e no erro não forçado", acrescentou o técnico bracarense.

Em relação à exibição apagada de Fábio Martins na primeira parte, Abel Ferreira explicou as razões que levaram o jogador bracarense a não ter rendimento no primeito tempo, e destaque no segundo.

"O Fábio estava num grande momento. Perguntei-lhe, ao intervalo, onde estava o Fábio do último jogo. Não lhe correu bem hoje. Mais do que isso, faltou vontade de correr para ter bola. Diferença entre o Braga e os grandes ou o Real Madrid tem que ver com questões mentais e manter atitude com quem quer que seja. A experiência diz-me isso. O aspeto mental dita que um jogador seja de uma equipa normal ou de uma equipa de topo. Disse aos meus jogadores na antevisão que o nosso maior adversário residia em nós. Temos de ser quem nós somos. Um dos melhores jogadores da história do Braga [Rafa] não tem lugar na equipa do Benfica. Reforço o que já disse sobre a qualidade do passe e basta ver a qualidade do último cruzamento [Cervi] que dá o terceiro golo ao Benfica. E a finalização do Jiménez também", explicou Abel Ferreira.

Sobre os objetivos do SC Braga para esta época, o técnico bracarense frisou que será disputar os primeiros quatro lugares.

"Fazer o que ainda não foi feito: "Não fica mais difícil fazer o que não foi ainda não foi feito. Temos a convicção que temos que continuar a trabalhar, que o caminho é duro. Mas sabemos onde estamos, para onde queremos ir o caminho que temos que percorrer. O adversário tem recursos diferentes e o nosso desafio é, com outros recursos, continuarmos por aqui, o mais próximo possível, o mais tempo possível. Mas, acontecesse o que acontecesse, o objetivo era e será disputar os quatro primeiros lugares", sentenciou.

Com este resultado, o Benfica passou a somar os mesmos 43 pontos do Sporting e menos dois do que o FC Porto, formações que ainda não aturam na ronda, enquanto o Sporting de Braga, pelo qual marcou Paulinho, aos 74 minutos, manteve-se em quarto, com 37.