Tudo na vida tem uma primeira vez, umas mais prazerosas, outras um pouco mais confusas, acredito que a minha primeira crónica seja um misto de tornado com uma canção da Maria Leal, portanto com tudo para correr mal.
Por falar em correr mal, alguém viu o último clássico entre o FC Porto e o Sporting? Lembra um velho meme, o do javali, recordam-se? Posso não valer nada mas "javali", assim está o futebol português.
Memes à parte, vamos ao jogo! Sporting obrigado a pontuar, FC Porto confortável no primeiro lugar e eis que se inicia a partida. Ainda mal tinha tido tempo de saborear a minha cerveja e já o Matheus Reis estava a cascar num jogador do FC Porto e a ver o primeiro amarelo do jogo. Melhor sinopse do jogo era impossível, em 45 segundos ficaram resumidos uns longos 90 minutos, mais IVA, a que iríamos assistir.
Aos 10 minutos de jogo, Matheus Reis faz um cruzamento de meter inveja a alguns craques das praias do Rio de Janeiro e Paulinho decide mostrar os dentes a Diogo Costa fazendo o 1-0.
O jogo ia dando mais FC Porto, Evanilson se não tentasse uma performance digna de um Oscar com sorte teria sacado um pénalti ao Gonçalo Inácio mas, num contra ataque venenoso digno de uma black mamba, Nuno Santos coloca o Sporting a ganhar por 2-0 no Dragão.
Pelo meio, Coates viu amarelo por ser pisado. Ninguém o manda não deixar o Taremi pisar o relvado, bem feito.
O FC Porto volta a carga e após uma bonita jogada reduz através de Fábio Vieira. Um remate que Adán tentou defender com os olhos, mas devem ser de manteiga, pois não conseguiu.
Estamos no intervalo, bom jogo até ao momento, bem disputado, intenso, mas parece-me que as molas nos bancos de suplentes do FC Porto passaram para algumas zonas do relvado pois era frequente ver jogadores tanto de azul como de verde a darem enormes saltos dignos de meter alguma inveja a um Nelson Évora no topo de carreira.
Inicia a segunda parte e Coates decide que é tempo de ir ver o Extra do Big Brother para ver o que Bruno de Carvalho anda a fazer. Faz falta sobre Evanilson e é expulso.
Sporting recua, faz da sua defesa uma muralha humana digna dos soldados de Leônidas no filme 300 e aguenta firme, até que o Rei Xerxes Taremi aparece para igualar o jogo numa "cabeçada" pouco ortodoxa.
A partir do empate foi um jogo digno de futebol português, digno de tudo aquilo que quem ama o futebol detesta: picardia, simulações, confusão e um árbitro tão perdido quanto eu quando vou à Primark procurar algo de Star Wars.
Foi triste, perdoem-me, foi muito mau tudo o que se passou. Foi tão mau que o Sérgio Conceição acabou por ser dos mais bem comportados daquela turma e até terminou o jogo abraçado a Amorim.
Acabo esta minha primeira crónica realçando que o humor sempre foi a minha defesa contra este nosso futebol, porque por muito que tente colocar um sorriso na cara de quem vê os meus memes, a verdade é que só me apetece gritar a dizer a algumas pessoas "Não percebem que estão a matar o futebol e a transformar o desporto numa guerra?".
Está feita a minha terapia por esta semana.
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