Triunfo mais do que tranquilo por parte do FC Porto no último encontro antes do Natal e de 2014 no Dragão. Um resultado esclarecedor, quatro golos sem resposta, mas com um 'filme do meio' da trilogia para esquecer.
Genérico do filme no Estádio do Dragão algo monótono, pouco mais de 20 mil pessoas a assistirem numa sexta-feira à noite. A introdução do filme foi boa, com o FC Porto a entrar a todo gás – como sempre o faz-, e com o primeiro golo a surgir logo aos 22 minutos. Este chegou com a emoção que só uma grande penalidade consegue trazer. Quaresma derrubado na grande área e o internacional português, que jogou como titular, foi o protagonista da primeira ovação da noite ao inaugurar o marcador.
Após um reinicio de jogo em falso por parte do elenco comandado por Domingos Paciência, Tello teve vontade de roubar o papel aos homens do Bonfim e quase fazia dupla com Quaresma na lista de “marcadores de golo”.
Quatro minutos depois do primeiro golo, Óliver Torres, que teve um desempenho notável, talvez o melhor desde que chegou aos estúdios do Dragão, desenhou um cruzamento para Jackson Martínez e o avançado colombiano, de primeira e com um toque sublime, enganou o guarda-redes Ricardo Batista e fez o segundo numa noite que se avizinhava grandiosa. Mas houve um 'twist' nesta história.
Os restantes minutos do primeiro tempo não foram brilhantes, dignos de óscares, mas os homens da casa mantinham o jogo com ritmo e emoção. Já a equipa rival não passou de um mero figurante. Isto na primeira cena.
O Vitória de Setúbal, que ontem consumou a sua quinta derrota consecutiva, até começou a segunda parte de jogo com iniciativa. Mas a luta contra o FC Porto era muito desigual.
A boa atitude dos sadinos não deu para apagar a triste cena que foi a segunda parte desta trilogia, tendo em conta que esta partida está a ser dividida em três partes: 30 minutos para cada uma delas. Da meia hora de jogo até aos 60 minutos foi muito pobre a nível de qualidade exibicional, tanto que os adeptos passaram mais tempo a assobiarem do que a apoiar.
Foi só mesmo nos últimos minutos, quando tudo esperava pelo apito final para sair da sala de cinema, é que Brahimi fez o terceiro golo, isto um minuto depois de o argelino ter entrado em cena para o lugar de Quaresma.
Quintero (importante no plano do terceiro golo) e Evandro também entraram mas não foram relevantes na ação.
Mas ainda houve tempo para mais uma grande penalidade. A emoção regressou em tempo de compensação. O guarda-redes sadino foi expulso e Zequinha ocupou o lugar na baliza. O lateral Danilo foi o responsável por marcar o quarto golo do FC Porto, selando assim um jogo em que apenas o princípio e o fim interessaram.
Com duas grandes penalidades, Domingos Paciência, ex-jogador do FC Porto, foi muito duro com a equipa de arbitragem. Já Julen Lopetegui, que vinha de uma derrota caseira contra o seu maior rival, o líder Benfica, ficou muito satisfeito com a resposta dos seus jogadores. E, como o Natal se está a aproximar, o treinador basco enviou uma resposta a António Oliveira, colocando Jorge Jesus em C.C (com conhecimento).
Último jogo do ano no Dragão que serviu, pelo menos, para dar esperanças aos adeptos portistas para 2015.
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