
Num jogo repleto de reviravoltas e emoções, a Roma protagonizou uma virada surpreendente que afastou os dragões da Liga Europa. Embora o encontro tivesse os portistas em boa rota – sobretudo após Samu inaugurar o marcador com um espetacular pontapé de bicicleta – a vantagem foi-se desfazendo com acontecimentos decisivos que mudaram o rumo da eliminatória.
Tudo começou a desandar para o FC Porto entre o final da primeira parte e o início da segunda. Stephen Eustáquio foi expulso após responder a uma provocação de Paredes, um episódio que abalou a estrutura dos portistas e permitiu à Roma aproveitar a vantagem num jogo que, até então, parecia bem encaminhado para os dragões. Essa reviravolta foi determinante para o desequilíbrio tático que se seguiu.
Após a revolução ocorrida em Faro, pela Liga portuguesa, onde os serviços mínimos foram suficientes para vencer, Martín Anselmi reposicionou o onze inicial portista para recuperar o seu formato habitual em Roma. A única novidade foi a entrada de Pepê no lugar de Rodrigo Mora, sinalizando uma tentativa de ajustar a rota na tentativa de reverter o cenário adverso.
Na Roma, as ausências já eram conhecidas: Cristante e Saelemaekers foram castigados, e o avançado Dovbyk, lesionado no treino da véspera, entrou por última hora na lista dos desfalques. Por outro lado, a presença de Paulo Dybala – que havia gerado dúvidas ao sair mais cedo no Dragão – foi crucial. O astro argentino recuperou a confiança e mostrou o seu génio, transformando o jogo com a sua capacidade de decidir momentos-chave.
Com o cenário negro, o FC Porto lutou até ao fim. O dragão quase empatou ao minuto 70, quando Samu, isolado, acertou no poste. Na tentativa de reverter a situação e evitar a primeira derrota numa eliminatória europeia, Anselmi desfez a linha de três centrais num arranque tudo ou nada que culminou com o golo de Pisilli aos 84 minutos – finalizado com eficácia após uma jogada orquestrada pelos melhores, entre Dybala e Angeliño, pela ala esquerda romana.
Ainda assim, o FC Porto conseguiu reduzir na última fração de tempo, com um autogolo de Rensch, pressionado por Namaso. Mas o feito já estava selado: os dragões viram-se obrigados a dizer adeus à Liga Europa, concentrando a partir de agora as atenções no campeonato nacional.
Momento
A expulsão de Eustáquio, numa altura em que os dragões tentavam recompor-se e anular a vantagem italiana, acabou por ser decisiva para afundar, ainda mais, a equipa portista. Anselmi não mexeu de imediato e isso acabou por custar caro.
Melhores
Dybala
Até à aparição do argentino no Olímpico, o FC Porto dava mostras de ter a partida sob controle, sobretudo depois de Samu ter marcado com um gesto de pura técnica. Contudo, a Roma, ao acusar o toque e sentir a pressão do momento, viu Dybala arriscar num lance com Otávio – mesmo com o jogo parado – que acabou por ser o mote para um fim de primeira parte memorável. Advertido com um amarelo, o argentino despertou para um espetáculo particular: bisou com golos que seguiram o seu estilo inconfundível – de bola colada ao pé, driblando adversários e rematando com precisão para o fundo da baliza.
Samu
Samu Aghehowa colocou o FC Porto em vantagem no marcador e eliminatória contra a AS Roma através de um golo acrobático. Aos 27 minutos, de costas para a baliza, o avançado espanhol rematou de bicicleta e o FC Porto começou a vencer por 1-0. Foi o mais inconformado ao longo de todo o encontro e mesmo no final.
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