O ex-treinador inglês Barry Bennell, que está no centro de um escândalo de pedofilia no futebol inglês, declarou-se esta segunda-feira inocente de oito crimes de abuso sexual de um menor de 16 anos, durante a primeira sessão do julgamento.
Bennell, de 63 anos, foi ouvido através do sistema audiovisual do tribunal de Chester Crown, uma vez que não deixou a prisão de Woodhill, onde está detido a aguardar julgamento pelos oito alegados crimes sobre o mesmo menor, cometidos entre 1981 e 1986.
O antigo treinador, que já cumpriu três sentenças de prisão por crimes sexuais a menores, é uma das mais de 80 pessoas identificadas pela polícia britânica por implicação no escândalo de pedofilia que foi tornado público em novembro de 2016 e está a abalar o futebol inglês.
Ao todo, foram sete as esquadras de polícia inglesas que estão a investigar as acusações contra Bennell, um escândalo que o presidente da federação inglesa de futebol (FA), Greg Clarke, já qualificou como “a maior crise” de que há memória no futebol inglês.
As autoridades policiais acreditam que existem vários clubes profissionais e amadores envolvidos no escândalo, que o presidente da Federação Inglesa de Futebol (FA), Greg Clarke, qualificou de “a maior crise” de que há memória no futebol daquele país.
De acordo com a polícia britânica, 98% das vítimas são do sexo masculino e tinham entre sete e 20 anos na altura em que foram cometidos os crimes, tendo alguns construído uma carreira no topo do futebol inglês e chegado, inclusive, a representar a respetiva seleção nacional.
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