O selecionador da Argentina, Lionel Scaloni, lembrou que a final de domingo do Mundial2022 não é entre Lionel Messi e Kylian Mbappé, ‘estrelas’ do futebol mundial, mas entre duas seleções, com jogadores importantes em ambas.

“O jogo de amanhã [domingo] é Argentina-França, além de Messi e Mbappé, cada um de nós tem armas, existem outros jogadores que podem fazer a diferença, não apenas esses dois”, alertou Scaloni, na conferência de imprensa de antevisão da final.

O treinador disse ainda que parar Mbappé “é um trabalho de equipa” e não apenas de um, reconhecendo que o avançado francês é um dos grandes futebolistas do momento, ainda jovem e que irá ainda ser melhor, no futuro, mas que é preciso, na final, olhar para todos.

“Não é só Mbappé [a França], a França tem outros jogadores que a ‘alimentam’ e que permitem também a ele ser melhor”, analisou o técnico argentino.

Scaloni, que já conduziu a seleção ‘albiceleste’ à vitória na Copa América (2021) e à finalíssima intercontinental (2022), revelou estar “entusiasmado” com a final, acreditando que têm sido momentos para aproveitar.

“O importante é o caminho que percorremos, o prazer que tivemos com estes jogadores, com a nossa família. Estou convencido de que quando fazemos as coisas com prazer, o gosto e a forma como as vivemos é diferente. Aproximamo-nos de um grande jogo, mas até ao apito final temos de saborear estes momentos, que ficarão na história e nas nossas cabeças”, acrescentou.

O selecionador não quis dar pormenores em relação à estratégia, nomeadamente no aspeto defensivo, prometendo que as escolhas são pensadas na forma em que será mais eficaz “maltratar” o adversário.

Na conferência hoje esteve também o guarda-redes Emiliano ‘Dibu’ Martínez, que lembrou o percurso da seleção, da qual fazem parte os benfiquistas Enzo Fernández e Otamendi, com uma entrada em ‘falso’.

“Sabemos que é uma loucura. Começámos com uma derrota com a Arábia Saudita (2-1). Entrámos carregados de esperança e foi um balde de água fria. Fomos melhorando ao longo dos jogos, terminámos em primeiro o nosso grupo. Contra a Austrália (2-1 nos oitavos de final) sofremos, contra os Países Baixos (quartos de final) fomos às grandes penalidades. Tem sido um caminho difícil, mas depois da Arábia Saudita sabíamos que não íamos dececionar o nosso país e que iríamos dar tudo”, referiu o guarda-redes.

Dibu Martínez falou também de Messi, deixando elogios ao companheiro de equipa, considerado por muitos o melhor jogador do mundo.

“É um dos melhores jogadores que vi na vida, com a Copa América deu mais um passo e viu-se. Fisicamente e futebolisticamente é difícil fazer melhor do que ele. Está bem e cheio de vontade”, garantiu o guardião.

Em relação aos franceses, Martínez disse ver uma equipa com trunfos em todos os setores.

“São os campeões mundiais e não apenas um jogador. Têm uma excelente defesa, um grande guarda-redes (Hugo Lloris), são uma grande equipa e sabemos o quão fortes conseguem ser no ataque, mas vamos tentar fazer o nosso jogo”, referiu.