A seleção de futebol do Irão foi hoje recebida de forma muito discreta em Teerão, depois de ter sido afastada dos oitavos de final do Mundial de futebol Qatar2022, competição na qual foi orientada pelo português Carlos Queiroz.

Apenas algumas dezenas de adeptos marcaram presença na receção aos jogadores, cuja chegada foi pouco noticiada pela comunicação social local.

À chegada, o avançado Sardar Azmoun admitiu não ter gostado do desempenho da seleção, da qual fazia parte Taremi, jogador do FC Porto, que terminou o grupo B na terceira posição, depois de ter sido goleada por 6-2 pela Inglaterra, perdido por 1-0 com os Estados Unidos, e vencido o País de Gales, por 2-0.

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Durante o Mundial do Qatar, os jogadores iranianos protagonizaram várias polémicas, nomeadamente por não terem cantado o hino no jogo com a Inglaterra, como forma de apoio às vítimas das manifestações contra o governo daquele país do Médio Oriente.

Nos dois encontros seguinte, frente ao País de Gales e aos Estados Unidos, os jogadores, que segundo o canal televisivo CNN receberam ameaças contra as suas famílias caso não se comportassem da forma esperada, já entoaram o hino.

Os futebolistas estão entre as figuras públicas que têm apoiado de forma clara, sobretudo nas redes sociais, as manifestações desencadeadas no Irão pela morte, em setembro, de uma jovem curda após ser detida pela polícia da moralidade.

De acordo com os dados mais recentes, a repressão às manifestações causou pelo menos 448 mortes de civis, mais de 18.000 detenções, e seis condenações à morte.

Na quarta-feira, Carlos Queiroz, que já tinha orientado o Irão entre 2011 e 2019, despediu-se do cargo de selecionador de futebol do Irão, garantindo que sai “orgulhoso dos jogadores” que “foram brilhantes dentro e fora de campo”.

Carlos Queiroz, de 69 anos, assumiu em setembro passado o cargo de selecionador do Irão, para orientar a equipa asiática na fase final do Mundial2022 do Qatar, sucedendo ao croata Dragan Skocic.

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