A federação chilena de futebol vai recorrer da decisão da FIFA de encerrar hoje o processo disciplinar à federação do Equador, seleção apurada para o Mundial2022 do Qatar, em que alega convocatória ilegal de Byron Castillo.

"Aguardamos a fundamentação da decisão [da FIFA] para preparar o recurso”, confirmou hoje Pablo Milad, presidente da Associação Nacional de Futebol Profissional (ANFP), denominação oficial da federação chilena.

A ANFP moveu um processo contra a Federação Equatoriana de Futebol (FEF) em maio, com base em alegados documentos a provarem que Byron Castillo, jogador utilizado em oito desafios da qualificação sul-americana para o mundial, tem nacionalidade colombiana.

Essa denúncia alegava até que o futebolista, de 23 anos, apresentara documentos falsos a ratificarem a nacionalidade equatoriana, após anos de dúvidas a apontarem a Colômbia como o país de nascimento.

A Comissão Disciplinar do organismo que tutela o futebol a nível mundial comunicou hoje a decisão de “encerrar o procedimento disciplinar iniciado contra a FEF”, depois de “analisar toda a documentação recebida pelas partes”, mas o Chile pode ainda recorrer ao tribunal de apelo da FIFA e ao Tribunal Arbitral do Desporto (TAS).

Já o presidente da FEF, Francisco Egas, defendeu hoje que se fez “justiça desportiva” ao ser conhecida a decisão da FIFA, que indefere a denúncia chilena quanto à utilização indevida do jogador do Barcelona de Guayaquil (Equador), que tanto atua a lateral como a extremo direito.

"Hoje fez-se justiça. Sempre soubemos estar do lado certo. Vamos Equador", escreveu o dirigente na sua conta oficial na rede social Twitter, mostrando ainda o documento recebido pela Comissão Disciplinar da FIFA.

A provar-se a fraude, o Equador arriscava perder todos os desafios por 3-0, falhando assim o quarto e último lugar da América do Sul com acesso direto ao Qatar: o quinto, que foi o Peru, vai disputar um ‘play-off’ intercontinental com a Austrália.

O Equador integra o grupo A do mundial, juntamente com o anfitrião Qatar, os Países Baixos e o Senegal.