Foguetes, estampidos de motores de automóveis e bandeiras portuguesas de todos os tamanhos deram hoje som e cor a uma gigantesca caravana de celebração de adeptos timorenses, que percorreu Díli depois da vitória da seleção portuguesa no Qatar.
Praticamente assim que o jogo contra a Suíça terminou começaram a ouvir-se em vários pontos da cidade os sons de milhares de motas e carros que progressivamente se foram unindo formando uma gigantesca caravana que percorreu a cidade.
“Viva Portugal. Viva Portugal. Porto, Porto”, diziam alguns, numa versão reduzida do nome do país que a maioria da população timorense parece apoiar no Mundial de 2022.
Apesar da polícia estar em força nas ruas, procurando garantir que os adeptos respeitavam as regras de trânsito – dezenas foram multados depois de celebrações idênticas noutros jogos – muitos timorenses saíram às ruas para celebrar.
Em alguns locais chegaram mesmo a lançar-se foguetes, com as redes sociais inundadas por mensagens de parabéns a Portugal que têm marcado parte da agenda mediática desde que o Mundial começou.
A dimensão da longa caravana viu-se nas principais avenidas da cidade, incluindo a Avenida de Portugal, com grupos cada vez maiores a juntarem-se para formar uma enorme coluna com veículos, dominados pelas bandeiras portuguesas.
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Em algumas motas via-se as duas bandeiras, de Portugal e de Timor-Leste, sendo claramente dominantes as portuguesas, seja penduradas seja nas costas dos motoristas ou dos ‘penduras’.
A caravana foi hoje uma quase demonstração da força do apoio à seleção portuguesa, depois de uma caravana de alguma dimensão ter saído às ruas para celebrar a vitória da seleção argentina.
Por trás dessa rivalidade está a outra eterna rivalidade, de Cristiano Ronaldo e de Leonel Messi, traduzida aqui no apoio às seleções de ambos.
Apesar do jogo começar às 04.00 da madrugada, hora local, muita gente não dormiu e a cidade começou o que é um dia feriado – que assinala a invasão indonésia do país em 1975 – em grande festa.
A repetição da festa já está marcada, dizem muitos, para a madrugada de domingo, depois do Marrocos-Portugal.
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