Gianni Infantino esteve esta quarta-feira no Conselho Europeu onde voltou a defender a ideia de um Mundial de futebol a cada dois anos. O presidente da FIFA usou um argumento polémico que está a ser muito criticado mas redes sociais.
Num discurso onde defendeu que nem todos no Mundo tem competições com o nível das que são disputadas na Europa, onde "há um Mundial a cada 15 dias", o líder da FIFA usou a questão dos imigrantes africanos que todos os dias tentam chegar a Europa pelo Mediterrâneo.
"O futebol não é apenas um desporto, são oportunidades, esperança, equipas nacionais, tem a ver com o país, o coração, a alegria. Não podemos dizer ao resto do Mundo, 'deem-nos o vosso dinheiro, os bons jogadores mas vejam-nos na televisão' […] Temos de melhorar, de encontrar maneiras de incluir todo o Mundo. Dar esperança aos africanos para que não precisem de atravessar o Mediterrâneo para encontrarem, não uma vida melhor, mas sim a morte no mar. Temos de dar oportunidades e dignidade, não caridade, para o resto do Mundo poder participar", frisou.
No seu discurso na Assembleia Parlamentar no Conselho de Europa, Infantino recordou que "o futebol avança numa direção em que uns poucos tem tudo e a grande maioria nada tem", pelo que é preciso fazer algo.
Sobre o Mundial no Qatar, o presidente da FIFA reconheceu que "há muitas coisas a melhorar, mas há que reconhecer que houve várias mudanças".
Infantino desmentiu que tenham morrido 6500 trabalhadores nas obras dos estádios do Mundial2022 no Qatar.
"Foram três e mesmo assim foi demais", completou.
Infantino fez-se acompanhar de Arsène Wenger, ex-treinador do Arsenal e agora diretor de desenvolvimento do futebol da FIFA.
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