A federação de futebol de Inglaterra (FA) quer mais esclarecimentos quanto ao aumento de 32 para 48 seleções nos mundiais de futebol, enquanto a da Escócia (SFA) exultou com a decisão do conselho da FIFA.
“Depois da decisão do conselho da FIFA, vamos trabalhar com UEFA, FIFA e outras federações europeias no sentido de perceber como vai funcionar o Mundial a 48 seleções”, disse a FA.
O conselho da FIFA, órgão que substituiu o comité executivo, aprovou hoje, por unanimidade, o alargamento da fase final do Mundial, a partir de 2026, de 32 para 48 seleções, divididas em 16 grupos, de três equipas cada, com as duas primeiras a classificarem-se para a fase seguinte, entrando então num sistema de eliminatórias a partir dos 16 avos de final.
“A prioridade tem de ser a consideração do potencial impacto sobre os fãs, jogadores, equipas e campeonatos, e também o reconhecimento da importância da integridade desportiva e da viabilidade comercial”, avisa o organismo.
Renitente quanto aos méritos do novo formato, que passará dos atuais 64 jogos para 80, mas nos mesmos 32 dias, a federação inglesa espera mais esclarecimentos e discussão.
“Em termos de alocação de lugares, entendemos que haverá mais discussões em todas as confederações e esperamos que seja realizado um processo de consulta apropriado antes que qualquer decisão seja tomada”, completou.
Ideia diferente tem a federação escocesa, que considerou esta decisão “um passo em frente para os países mais pequenos”.
“Estamos encantados com a notícia de que a partir de 2026 o Mundial vai ser disputado por 48 equipas”, reagiu o diretor executivo da federação, Stewart Regan.
A Escócia não disputa a fase final de um Mundial desde o França1998, pelo que a ampliação lhe poderá dar mais oportunidades, embora ainda se desconheça quantas das 16 vagas a mais serão atribuídas à Europa.
“Acreditamos que este é um passo em frente, em particular para os países mais pequenos. Além disso, permitirá a mais adeptos de todo o mundo cumprir o sonho de ver o seu país num Mundial”, acrescentou.
A decisão, que foi tomada por unanimidade, não terá qualquer impacto nos mundiais Rússia2018 e Qatar2022.
“As façanhas de Gales, Islândia e Irlanda do Norte no Euro2016 demostraram o impacto que têm as equipas pequenas e o positivo da sua participação para um torneio. Uma mistura elétrica de culturas futebolísticas num mundial gerará o melhor ambiente de sempre”, vaticinou.
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