É tempo de respirar fundo, porque a história que vamos contar a seguir é imprópria para cardíacos.
Decorria o Mundial de 1970 no México e que teve como vencedor o Brasil, após vitória na final frente à Itália por 4-1. Poderíamos falar da geração de ouro brasileira que encantou os relvados, mas hoje o destaque vai para o finalista vencido.
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Antes de chegar à final, houve um encontro mítico que ainda hoje é lembrado "O Jogo do Século". Mas porquê?
Nas meias-finais, mais concretamente a 17 de junho de 1970, defrontavam-se a Alemanha Ocidental de Beckenbauer e Gerd Müller e a Itália de Mazzola e Riva. O jogo já era de enorme expectativa, mas poucos esperavam o que realmente ia acontecer. A Itália vinha de uma vitória diante o anfitrião México (4-1) e a Alemanha chegava com um triunfo por 2-1 após prolongamento frente à Inglaterra nos quartos de final.
O tempo regulamentar não deu para aquecer verdadeiramente com um empate a um golo. Boninsegna adiantou a 'Squadra Azzurra' e Karl-Heinz Schnellinger restabeleceu a igualdade ao cair do pano.
Na compensação... cinco golos! Gerd Muller deu o 2-1 aos 94 minutos, mas Tarcisio Burgnich colocou tudo igual quatro minutos depois. Mas isto não ficava por aqui e Luigi Riva voltava a dar vantagem aos italianos. O resultado já era 3-2, mas era preciso esperar pelos minutos finais quando Müller e Rivera protagonizaram, cada um, mais golos para os dois lados que deram o 4-3 final.
O jogo impróprio para cardíacos que apenas nasceu em período de prolongamento trouxe motivos maiores para sorrir à Itália, apesar de o espetáculo de futebol não ter sido indiferente a ninguém nas bancadas. No total foram 102.444 a assistir ao mítico duelo.
Este foi também um jogo de superação para Beckenbauer. O histórico defesa central alemão, que viria a conquistar o Mundial em 1974, aguentou-se em campo mesmo com o ombro direito deslocado, porque a Alemanha já não tinha possibilidade de fazer mais substituições. A imagem da lenda do futebol alemão com o braço ligado em campo ficou eternizada.
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