As histórias dos Mundiais são propícias a contarem-nos as histórias mais insólitas que marcaram o torneio mais prestigioso ao nível das seleções.
Desta vez, o protagonista é só um e não se trata de um jogador. Byron Moreno foi apelidado como o pior árbitro no Mundial de 2002 na Coreia do Sul e no Japão. Se a queda de uma curta carreira internacional se deu dentro das quatro linhas, o que dizer depois da prisão por tráfico de droga?
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Mas vamos por partes. No dia 31 de maio arrancava a sétima edição do Campeonato do Mundo com 32 participantes, no qual temos de destacar a Itália e já vai perceber o porquê.
A 'Squadra Azzurra', liderada pelo mítico Trapattoni e com nomes de peso como Buffon, Maldini, Del Piero e Totti chegava à competição num grupo juntamente com México, Croácia e Equador, tendo-se apurado em segundo lugar para os oitavos de final, apenas atrás da Seleção Mexicana.
No cruzamento entre os grupos, aparecer o anfitrião Coreia do Sul como adversário, num duelo arbitrado pelo equatoriano Byron Moreno. A Itália saiu derrotada após prolongamento (2-1), mas com grandes razões de queixa da equipa de arbitragem.
Entre os argumentos dos italianos estava um golo anulado a Tomassi e a expulsão de Totti aos 102 minutos após alegadamente ter simulado um penálti. Em sentido contrário, Moreno acabou por validar o 2-1 dos coreanos aos 117 minutos por Jiung Hwan Ahn.
A revolta entre as figuras da Seleção Italiana era visível e nem a FIFA ficou indiferente aos acontecimentos. Byron Moreno, que se tinha tornado árbitro internacional em 1996, acabou por ser afastado dos grandes palcos.
"Culpam-me pela derrota, mas o Trappattoni foi um cobarde, como sempre...", justificou-se Byron Moreno, já em 2019, numa entrevista ao "Fútbol sin cassette". O antigo árbitro não deixou, contudo, de assumir alguma responsabilidade.
Esta não foi a única ocasião em que Moreno deixou pesadelos a equipas de futebol. Na Copa América em 1997, também ficou ligado à derrota da Argentina por 2-1 frente ao Perú em que ' La Albiceleste' ficou reduzida a oito jogadores num espaço de... dois minutos.
Mas a história negra deste juiz equatoriano não se ficou por aqui. Em 2010, foi detido em Nova Iorque por transportar mais de seis quilos de heroína e, depois de condenado a pena de prisão, acabou por sair mais cedo do que o previsto por bom comportamento.
Em 2022 mantém-se como comentador desportivo, carreira que decidiu abraçar depois do final de carreira negro ao nível da arbitragem.
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