Declarações de Fernando Santos, selecionador de Portugal, na antevisão do jogo com a Coreia do Sul, da 3.ª jornada do Grupo H do Mundial2022.

Vai fazer gestão do plantel? "O mais importante é a confiança. Amanhã não vou ter três jogadores. Alguns apareceram em grande forma, mas jogar de quatro em quatro dias… Há cansaço, o cansaço causa fadiga e a fadiga causa lesões. Temos jogadores com fadiga, temos jogadores com amarelo. Em qualquer circunstância, a minha confiança é plena. Irá jogar a equipa que tenho mais confiança."

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Importância de ficar em 1.º no grupo para descansar mais e evitar o Brasil: "Esse é o fator mais importante. É diferente jogar com três dias do que com quatro de descanso. Percebo a questão de fugir ao Brasil, mas nem o Tite nem o Fernando Santos estão preocupados. É muito mais importante a questão das 24 horas [do que a de evitar o Brasil]. Quando queremos conquistar algo importante não podemos ficar por aí. Tenho um caso que precisa de recuperação [Otávio] e que espero que depois deste jogo esteja apto."

Pessimista com lesões na Seleção? "Quero ter todos, quero ter dores de cabeça e pensar. Tenho estes ingredientes e tenho de ver como faço uma boa salada. Estou perfeitamente tranquilo, no fico pessimista por algum jogador não poder jogar. Fico triste por eles, isso sim. Fico muito triste pelo Nuno Mendes, todos ficaram. Queremos compensar essa impossibilidade de eles estarem presentes.  Acredito, como todos os portugueses, que temos uma das melhores gerações de sempre, mas temos de provar dentro de campo que é assim mesmo"

Ronaldo está disponível? "Vamos ver. Em princípio, o Ronaldo vai treinar logo, se estiver em condições... Nem sei se é 50/50 [a probabilidade de estar apto para o jogo]. Se treinar normalmente... Cristiano Ronaldo foi substituído nos dois jogos. Há um plano para o caso de o Cristiano não poder jogar. Não há nenhum jogador com garantia que vá jogar sempre. Mal corria se não tivéssemos um plano."

FPF pediu que o 1.º golo diante do Uruguai fosse atribuído a Cristiano Ronaldo? "Nem eu nem o Cristiano pedimos nada à FIFA,  eu não conheço ninguém na FIFA. Recorro ao André Silva, que disse que se o golo fosse atribuído a si ficaria satisfeito na FIFA."

Como abordar o jogo com a Coreia do Sul? "Planeámos construir uma equipa com determinada características, não vamos ser uma equipa de contra-ataque, nem em circunstância alguma o faria. Não sei se viram o último jogo da Coreia, mas são muito perigosos, que colocam cinco, seis jogadores na área contrária. Se não circularmos rápido, colocamo-nos numa situação difícil. Eles são muito fortes na pressão e basculação, e nós temos de responder às suas virtudes."

Portugal com uma geração mista: "É mista, mas há muita gente com 19, 20, 23, 24, 25... Há um equilíbrio muito forte na equipa, onde todos são jovens, incluindo o Pepe, porque o que conta é o espírito. Quando temos alegria, temos prazer e corremos por gosto. Esta geração está mais preparada, em crescendo, com caraterísticas diferentes, que não passou uma fase que nós queríamos, mas que se encontrou. Se crescemos, vamos estar mais pero do que queremos, que é dar uma grande alegria aos portugueses."

Na sexta-feira, Portugal defronta a Coreia do Sul, a partir das 18:00 locais (15:00 em Lisboa), no Estádio Education City, em Doha, em jogo da terceira jornada do Grupo H do Mundial2022, que decorre até 18 de dezembro, no Qatar.

A equipa das ‘quinas’, que assegurou a qualificação para os oitavos de final com o triunfo sobre o Uruguai (2-0), lidera o grupo, com seis pontos, mais três do que o Gana, segundo, e mais cinco face a sul-coreanos, treinados por Paulo Bento, e uruguaios, que, à mesma a hora, defrontam os ganeses.

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