A federação de futebol do Chile (FFCh) apresentou hoje oficialmente na FIFA um recurso contra a decisão de manter o Equador no Mundial2022, alegando ter novas provas da utilização irregular de um jogador durante a fase de apuramento.
O Chile, que caso a seleção equatoriana seja desqualificada ganha um lugar na fase final do próximo Campeonato do Mundo, já tinha apresentado uma queixa em junho deste ano, mas o Comité de Disciplina da FIFA deu razão ao Equador.
Na altura, a federação chilena optou por não recorrer da decisão, mas, agora, o organismo diz que tem novas provas que confirmam que Byron Castillo, o jogador em causa, tem mesmo a nacionalidade colombiana e que, por isso, a sua utilização durante o apuramento (esteve em oito jogos do Equador) foi irregular.
A perda de pontos da seleção equatoriana nesses oitos jogos deixaria o Chile no quarto posto da qualificação sul-americana (terminou em sétimo) e, por isso, com um lugar garantido no Mundial, que vai decorrer em novembro e dezembro no Qatar.
A FIFA confirmou o recurso dos chilenos e anunciou o caráter de urgência, com o veredicto a poder sair já na sexta-feira ou, no máximo, no início da próxima semana.
O organismo que rege o futebol mundial acrescentou que o recurso está a ser conduzido por três juízes, que ouviram hoje os argumentos do Chile, e que Castillo poderá ser chamado para testemunhar.
O caso voltou a ganhar força no início desta semana, quando o jornal britânico o Daily Mail publicou um áudio, alegadamente de Byron Castillo, em que o atual lateral direito do Léon (equipa mexicana treinada pelo português Renato Paiva) assume ter nascido na Colômbia e também de ser três anos mais velho do que está registado (nasceu em 1995 e não 1998).
Após a decisão da FIFA, tanto o Chile como o Equador poderão ainda recorrer para o Tribunal Arbitral do Desporto.
O Equador integra o Grupo A com Qatar, Países Baixos e Senegal e está agendado para defrontar a seleção anfitriã em 20 de novembro, no jogo inaugural do Campeonato do Mundo.
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