A seleção nacional de Portugal venceu este sábado a congénere da Hungria com três golos sem resposta num jogo a contar para a qualificação do Mundial 2018 disputado no Estádio da Luz. A uma semana do 'clássico' entre Benfica e FC Porto, o avançado portista André Silva inaugurou o marcador frente ao conjunto 'magiar' e abriu caminho para uma vitória tranquila, em que Cristiano Ronaldo voltou a demonstrar porque pertence ao panteão dos 'deuses do futebol'.
Num estádio da Luz com mais de 50 mil espectadores, as expectativas nas bancadas para o onze inicial eram desde logo relacionadas com a possibilidade de Bernardo Silva voltar a pisar o relvado de uma casa que foi sua durante muitos anos. No entanto, Fernando Santos apostou num meio-campo constituído por William Carvalho, João Mário e André Gomes e deixou o médio do Mónaco no banco. No ataque, Ricardo Quaresma substituiu o lesionado Nani no apoio a André Silva e Cristiano Ronaldo, enquanto que na defesa Cédric Soares foi a aposta para o lado direito.
Já a Hungria, apresentava-se em Lisboa com uma estratégia bem definida: adiar o golo de Portugal e tentar aproveitar a verticalidade do jogo português para tentar marcar de contra-ataque.
Nos primeiros instantes de jogo, a seleção portuguesa sentiu muitas dificuldades para encontrar linhas de profundidade, e apenas através dos rasgos de Quaresma é que o esférico surgia com 'magia' junto à área da Hungria. Apesar da pressão, a formação 'magiar' não abdicou do ataque, e sempre que podia procurava soluções no lançamento de bolas longas para as costas dos defesas portugueses. E foi num momento de desiquilíbrio da equipa da Hungria que Portugal aproveitou para se adiantar no marcador. Aos 32 minutos, Raphael Guerreiro subiu com rapidez ao ataque e fez um cruzamento rasteiro para área húngara, onde surgiu André Silva ao segundo poste para inaugurar o marcador com toque de pura classe.
Em vantagem no marcador, Portugal ganhou confiança e quatro minutos depois foi Cristiano Ronaldo a deixar a sua marca no jogo com um belo remate de pé esquerdo fora da grande área. Com o 2-0, Portugal inspirou uma 'lufada' de confiança, e foi com tranquilidade que terminou a primeira parte a gerir a vantagem.
No segundo tempo, João Mário surgiu em bom plano na equipa portuguesa, com o jogador do Inter de Milão a servir de pêndulo entre a defesa e o ataque da seleção nacional. Com o ritmo controlado pelo 'maestro' João Mário, a equipa portuguesa obrigou a formação 'magiar' a recorrer às faltas para travar a 'marcha' lusitana', e foi na sequência de um pontapé livre que Cristiano Ronaldo voltaria a marcar no jogo. Com um remate bem colocado ao poste esquerdo da baliza de Péter Gulácsi, o capitão de Portugal fez o 3-0 para delírio nas bancadas.
A vencer por 3-0, a seleção portuguesa não deixou de procurar mais golos, e os incentivos nas bancadas não faltaram. No decorrer do segundo tempo, Fernando Santos ainda lançou no jogo Bernardo Silva e Pizzi, mas o marcador não voltaria a sofrer alterações.
Depois das palavras de Bernd Storck na antevisão deste jogo, em que o selecionador húngaro tinha dito que havia uma maior pressão de Portugal para justificar o título Europeu conquistado em França, a seleção nacional deu uma resposta em campo peremptória: Somos Portugal e somos Campeões da Europa!
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