O Mundial já tem protagonizado grandes momentos dentro das quatro linhas, mas parece ser impossível esquecer todas as polémicas associadas à competição do Qatar.

Todas as questões associadas aos direitos humanos e às braçadeiras 'One Love' continuam bem presentes e agora é a seleção alemã que vai reagir contra a FIFA junto do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD).

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Em causa estará uma ameaça do presidente Gianni Infantino com sanções aos países cujos capitães utilizassem essa mesma braçadeira, como símbolo da luta pelos direitos humanos, nos jogos do Mundial.

A informação foi avançada ontem pelo jornal 'Bild' e já houve uma reação oficial sobre os reais motivos para a queixa junto do TAD:

"A FIFA proibiu-nos de defender a diversidade e os direitos humanos. E fê-lo com ameaças massivas de sanções desportivas, sem especificá-las. A federação está a verificar se essa ação é legal", explicou Steffen Simon, da Federação da Alemanha.

Quem também abordou o tema foi Nancy Faeser, ministra do interior da Alemanha, que apontou a um "grande erro da FIFA" e apelou à união dos países europeus:

"É mais do que lamentável que as federações europeias não se tenham oposto a isso, juntas. Isso teria sido um sinal importante. Neste momento é tudo uma questão de atitude… de todos, especialmente das federações!", atirou, garantindo ainda que vai marcar presença no primeiro jogo da Seleção frente ao Japão, marcado para esta quarta-feira às 13h (hora de Portugal continental).

Este é um caso que apenas poderá ter novos desenvolvimentos nas próximas 48 horas, mas até lá com a garantia que a Alemanha não usará a braçadeira do 'One Love' na estreia. O segundo jogo frente à Espanha é encarado com alguma expectativa nesse sentido.

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