O futebolista argentino Lionel Messi viveu em 2021/22 uma época complicada, na transição do seu ‘eterno’ FC Barcelona para o Paris Saint-Germain, mas nesta primeira parte da presente temporada mostrou que está de volta à sua melhor versão.
Sete vezes ‘Bota de Ouro’, o ‘10’ da Argentina já não tem a velocidade ou a frescura de outros tempos, mas soma 12 golos e 15 assistências nos 19 jogos efetuados com a camisola dos parisienses em 2022/23, registos que já superam os de toda a época transata (11 golos e 14 assistências), em 34 encontros.
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Além dos seus números, também saltam à vista os coletivos, já que, com Messi em campo, o Paris Saint-Germain venceu 17 de 19 jogos, cedendo apenas um empate na receção ao Mónaco (1-1), para a Ligue 1, e outro com o Benfica (1-1), para a ‘Champions’, na Luz, onde o argentino marcou pela primeira vez às ‘águias’.
Dos assobios recebidos no Parque dos Príncipes, dias após a traumática eliminação face ao Real Madrid, nos ‘oitavos’ da última ‘Champions’, à entoação constante do seu nome foi um ápice, com Messi a mostrar que tudo não terá passado de um problema de adaptação a uma nova realidade, após uma ‘vida’ em Barcelona.
Em 2021/22, Messi chegou já com a temporada em andamento e, pelas constantes viagens à Argentina, para os jogos de qualificação, as lesões e a covid-19, não conseguiu encaixar da melhor forma numa nova realidade e, mesmo tendo tido os seus momentos, teve uma produção muito inconstante.
Na nova época, tudo foi diferente, já que o argentino começou ao mesmo tempo dos restantes e deu, desde o início, sinal que já estava entrosado e preparado para brilhar com a camisola do Paris Saint-Germain, começando desde cedo a acumular golos e assistências, a ‘colorir’ a sua ímpar classe futebolística.
No último dia de julho, em Telavive, Messi efetuou o primeiro jogo em 2022/23 e apontou o golo inaugural do PSG, na goleada por 4-0 ao Nantes, na Supertaça francesa, que valeu ao argentino o 40.º título da sua carreira - descontando uma Supertaça espanhola de 2005, em que não participou.
Na Ligue 1, a estreia, em 06 de agosto, também foi proveitosa, com um ‘bis’ e uma assistência, no 5-0 na casa do Clermont, para, nas cinco rondas que se seguiram, adicionar apenas mais um tento, mas, com o modo ‘facilitador’ ligado, também seis assistências.
Até à primeira paragem, para dois particulares da seleção, ainda somou mais dois golos e duas assistências, em quatro jogos, três deles para a ‘Champions’.
Pela seleção, deu a melhor sequência às duas assistências com a Itália (3-0), na Finalíssima, e aos cinco golos à Estónia (5-0), num particular, a acabar 2021/22, com ‘bis’ nos 3-0 a Honduras e Jamaica, neste último em apenas 34 minutos.
O segundo golo aos jamaicanos - o seu 90.º pela Argentina, em 164 jogos, que ‘coroou’ com 10 vitórias - foi de livre direto, como o que marcou, logo a seguir, ao Nice (2-1), para, quatro dias depois, faturar com o Benfica (1-1), a sua 40.ª vítima na Liga dos Campeões – nenhum outro jogador marcou a tantas equipas.
Da Luz, trouxe também uma pequena lesão, que o afastou dos dois jogos seguintes dos parisienses – dois empates 1-1, um deles na receção ao Benfica.
Voltou com o Marselha para ‘aquecer os motores’ e somar quatro golos e seis assistências nos quatro jogos seguintes, o último em Turim, com a Juventus, num ‘amargo’ triunfo por 2-1, já que o PSG foi ultrapassado na tabela pelo Benfica. Por culpa disso, jogará os ‘oitavos’ com o Bayern Munique.
Não jogou depois no terreno do Lorient (2-1), devido a nova pequena lesão, mas, sete dias volvidos, no domingo, voltou para a despedida do PSG, que goleou em casa o Auxerre por 5-0, antes da partida para o Mundial2022. Em contenção, ainda iniciou a jogada do primeiro golo.
Entre PSG e seleção argentina, são 16 golos e 15 assistências em apenas 21 jogos, nos quais conseguiu 19 vitórias e dois empates, numa invencibilidade em 2022/23 que, contando só os jogos pela ‘albiceleste’, se estende até 2019.
Depois da derrota com o Brasil nas meias-finais da Copa América de 2019, em 02 de julho, há mais de três anos, a Argentina soma 24 vitórias e 11 empates, num total de 35 jogos sem perder, a escassos dois do recorde mundial da Itália, num trajeto que inclui as conquistas da Copa América de 2021 e da Finalíssima de 2022.
Messi, adorado em todo o país, pela forma como nunca desistiu do sonho de conseguir um grande título pela sua seleção, e por toda uma irrepreensível postura, não poderia, assim, entrar com mais motivação para um Mundial, sobretudo pela equipa que tem ao seu lado, todos prontos para lutar, com ele, ‘até morrer’ pela vitória da Argentina. Lá em ‘cima’, Diego estará a gostar.
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