A Seleção Nacional garantiu, com um 2-0 à Macedónia do Norte, a 12.ª presença consecutiva em fases finais de Europeus e Mundiais, e sexta em campeonatos do Mundo, ao qualificar-se para a edição de 2022.
Depois de falhar o Mundial de 1998, Portugal esteve na principal competição de seleções em 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018 e nos Europeus de 2000, 2004, como anfitrião, 2008, 2012, 2016 e 2020, disputado em 2021 por culpa da covid-19.
Antes, a formação das quinas só tinha estado em dois Mundiais, em 1966, numa estreia em que logrou um terceiro lugar que jamais repetiu, e 1986, e em outros tantos Europeus, em 1984, também numa estreia com pódio, e 1996, na primeira aparição da "geração de ouro", falhando 21 fases finais.
Em contraste com estas quatro presenças nas primeiras 26 edições - não disputou a qualificação para o Mundial de 1930 -, Portugal já vai, assim, num perfeito "12 em 12", mantendo lá longe o último falhanço, o Mundial de 1998.
As presenças lusas tornaram-se uma "formalidade", mas a história já foi a oposta para a equipa das "quinas", que falhou nas primeiras oito qualificações (Mundiais de 1934, 38, 50, 54, 58 e 62 e Europeus de 1960 e 64).
À nona tentativa, a seleção lusa logrou, finalmente, qualificar-se, para o Mundial de 1966, sob o comando de Eusébio da Silva Ferreira, autor de sete dos nove golos lusos - os outros foram de Coluna e Jaime Graça.
Mesmo com o "rei", Portugal não conseguiu dar sequência ao irrepetível terceiro lugar conseguido em Inglaterra e entrou em novo ciclo de oito falhanços, agora para os Europeus de 1968, 72, 76 e 80 e os Mundiais de 1970, 74, 78 e 82.
A primeira presença lusa num Europeu - já o sétimo - aconteceu em 1984, graças a um triunfo final por 1-0 sobre a União Soviética, selado por Jordão, de penálti, após falta sobre Chalana no limite da área.
Seguiu-se novo apuramento, agora para o Mundial de 1986, na sequência do célebre "deixem-me sonhar" do "bom gigante" José Torres. O "milagre" aconteceu em Estugarda, onde a formação das "quinas" venceu a RFA por 1-0, com um golão de Carlos Manuel e várias bolas nos ferros de Manuel Bento.
Após duas meias-finais nas duas primeiras fases finais (1966 e 1984), Portugal saiu, porém, envergonhado do México, face ao tristemente célebre "caso Saltillo" e os falhanços voltaram - Europeus de 1988 e 92 e Mundiais de 1990 e 94.
Já com a geração de ouro, os campeões mundiais de juniores de 1989 e 1991, Portugal voltou em 1996, ao Europeu, de novo em Inglaterra, mas, dois anos depois, ainda desperdiçou mais um Mundial, o de 1998, num trajeto marcado pela injusta expulsão de Rui Costa, hoje aniversariante (50 anos), pelo francês Marc Batta, na Alemanha.
A ausência do Campeonato do Mundo disputado em França ainda é, no entanto, o derradeiro falhanço português.
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