Depois de Erling Haaland e dos seus companheiros na seleção norueguesa terem envergado camisolas de protesto contra a violação dos direitos dos trabalhadores no Qatar, palco do próximo Campeonato do Mundo, o polémico Mino Raiola, empresário do jovem prodígio do Borussia Dortmund, questionou a mistura entre política e futebol.
"Será que devemos usar os jogadores para fazer afirmações políticas? Se permitirem que a política entre no futebol, qual é o próximo passo?" afirmou em entrevista ao canal televisivo holandês NOS.
Raiola frisou que uma coisa é os jogadores tomarem posição fora de campo, outra é fazerem-no dentro das quatro linhas. "Temos de manter a política longe dos jogadores. Eles são livres de agir por iniciativa própria através das redes sociais. É um direito deles. Mas estranho permitirem que os futebolistas entrem no jogo da política quando os regulamentos da FIFA não permitem afirmações políticas (no futebol)", lembrou.
O empresário explicou o seu ponto de vista. "Se decidirem que os jogadores devem fazer afirmações políticas, então têm de passar também a ter poder de decisão. Têm de ser ouvidos sobre se se sentem, ou não, confortáveis em jogar no próximo Mundial. Não acredito que os jogadores estejam a ser pressionados pelas federações, mas também acho que seria melhor se fossem os eles a ter a ação por iniciativa própria", reforçou.
Para além da Noruega, também Holanda, Suécia e Alemanha passaram a mesma mensagem antes das respetivas partidas da qualificação europeia para o Campeonato do Mundo de 2022.
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