O Equador-Brasil, do apuramento para o Mundial de 2022, vai dar muito que falar nos próximos dias. O árbitro Wilmar Roldán e o videoárbitro tiveram muito trabalho pela frente, num encontro que terminou empatado a uma bola.

Ao todo, houve duas expulsões, dois penáltis anulados, um guarda-redes expulso duas vezes mas a ficar em campo e 111 minutos de jogo. O encontro esteve parado durante 25 minutos e teve nove de descontos no primeiro tempo e 11 no segundo tempo.

Os incidentes do jogo começaram na expulsão do guarda-redes equatoriano Alexander Dominguez, aos 15 minutos, após uma entrada desastrosa e feia sobre Matheus Cunha. Inicialmente o árbitro nada tinha marcado mas, alertado pelo videoárbitro, foi rever a jogada no monitor e expulsou o guardião do Equador. Aos 20 minutos, segundo amarelo ao lateral Emerson Royal e o Brasil também com 10.

Aos 26, Alisson Becker viu vermelho direto numa disputa de bola fora da área com Enner Valencia. Mas, após rever a jogada no monitor, Wilmar Roldán reverteu a sua decisão, anulou o vermelho e deu apenas o amarelo. O juiz entendeu que há contacto da perna do guardião brasileiro com o jogador adversário mas que foi de lado e depois de Alisson jogar a bola.

No início do segundo tempo, Wilmar Roldán marcou penálti para o Equador após queda de Estupiñán na área brasileira, em lance com Dani Alves e Raphinha. Mais uma ida ao monitor do VAR, mais uma decisão revogada.

Nos instantes finais do jogo, o árbitro voltou a mostrar vermelho direto a Alisson e a marcar grande penalidade, em lance na área canarinha com Ayrton Preciado. O guardião que defende as cores do Liverpool acertou no avançado mas tinha jogado a bola antes do contacto. Alertado novamente pelo VAR, Roldán reviu a jogada no monitor, anulou a sua decisão.

O juiz acabou por reverter todas as quatro decisões que tomou em campo e que foi rever ao monitor do VAR.

No final do encontro, Alisson deu a sua visão dos lances.

"Acredito que fiz os movimentos técnicos que tinha de fazer. Nos dois momentos houve choque, mas estava no controle da situação nos dois lances. A bola estava totalmente mais para mim do que para os adversários, só tento visar a bola. Quando o jogador tenta tocar na bola e, quando acerta a bola, o jogo segue. Acredito que os adversários correram o risco de se magoar mas não cometi erros", começou por dizer, antes de falar nos dois vermelhos revertidos.

"É a primeira vez que me acontece isto, nunca tinha acontecido… Já fui expulso pelo Liverpool, joguei a bola com a mão fora da área. Em situações assim o árbitro tem razão e o jogador nem deve reclamar. Não sei se isto já tinha acontecido na história do futebol. Fico feliz pelo VAR, vale a pena sublinhar o uso do VAR no futebol. Se não tivesse VAR teríamos sido penalizados injustamente", finalizou.

O Equador empatou 1-1 na receção ao já apurado Brasil na ronda 15, e deu mais um passo rumo à qualificação para o Mundial2022.

A ‘canarinha’ marcou primeiro, logo aos seis minutos, por Casemiro, com os anfitriões a responderem aos 75, por Félix Torres.

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