O Conselho de Estado Francês (Conseil d'État), o mais alto tribunal administrativo francês, considerou válida a decisão da Liga Francesa em dar como terminadas as Ligue 1 e 2, bem como a decisão da Liga usar a pontuação e os jogos realizados para definir a classificação final desta edição das ligas francesas.
O organismo gaulês rejeitou o recurso apresentado na última semana pelo Lyon, que defendia a realização das restantes 10 jornadas da prova, e deliberou que “não existe qualquer dúvida na legalidade” da decisão tomada pela federação e liga francesas.
Na semana passada, após a audiência, o presidente do Lyon, Jean-Michel Aulas, reafirmou que a decisão de terminar o campeonato foi “apressada” e apontou os casos de Alemanha, Espanha, Itália, Inglaterra e Portugal, como países que decidiram retomar as suas competições.
Contudo, o Conselho de Estado francês teve leitura diferente sobre a questão das despromoções e manteve Amiens e Toulouse no primeiro escalão, defendendo que foi retirado a esses dois clubes a possibilidade de poder lutar pela manutenção.
O mais alto tribunal administrativo de França aconselhou ainda a liga francesa a repensar o formato da competição para a próxima época, podendo incluir a participação de 22 equipas. A decisão surge uma vez que o acordo que limita o número de equipas na Ligue 1 a 20 emblemas, assinado entre a Liga e a Federação Francesa de Futebol termina no próximo dia 30 de junho, permitindo que um novo acordo seja alcançado antes do inicio da próxima época e tendo já em conta a situação inédita provocada pela pandemia.
Com 10 jornadas por disputar, a Liga gaulesa foi dada por terminada no final de abril e o título de campeão foi atribuído ao Paris Saint-Germain, que na altura da suspensão liderava com 12 pontos (e menos um jogo) de vantagem sobre o Marselha, segundo colocado, treinado pelo português André Villas-Boas.
O Lyon, do guarda-redes português Anthony Lopes, terminou no sétimo posto, com 40 pontos, e fora dos lugares que dão acesso às competições europeias, algo que não acontecia há 23 anos.
“Queremos terminar o campeonato de uma maneira ou de outra. A UEFA também defende o mesmo. Foi uma decisão apressada. Países como Alemanha, Espanha, Itália, Inglaterra e Portugal foram mais pacientes e estão agora a retomar”, lamentou o presidente do Lyon, Jean-Michel Aulas, que esteve presente na audiência, em Paris.
*Artigo atualizado às 16h33
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