A UEFA está a investigar o Qarabag devido a declarações muito polémicas do seu chefe de imprensa sobre o conflito entre o Azerbaijão e a Arménia, que se iniciou em setembro.
Nurlan Ibrahimov fez uma publicação na sua página pessoal no Facebook, muito forte, a respeito do conflito.
"Devemos matar todos os arménios: crianças, mulheres e velhos, sem arrependimento nem compaixão. Se não os matarmos eles mantam-nos a nós e aos nossos filhos", escreveu o chefe de imprensa do Qarabag naquela rede social.
O Qarabag, que disputa a Liga Europa, já se demarcou das palavras de Nurlan Ibrahimov. O emblema do Azerbaijão mostrou-se também contra os bombardeamentos da Arménia contra o povo azeri.
"Condenamos energicamente os repetidos bombardeamentos e assassinatos de civis inocentes por parte das forças armadas arménias nas cidades de Barda e Tartar. Exigimos uma resposta internacional à destruição, à perda e ao sofrimento de civis inocentes na sequência destes ataques", escreveu o clube, nas redes sociais.
O clube do Azerbaijão foi fundado em 1951 na agora cidade proibida de Aghdam, localizada em Nagorno-Karabakh, e da qual hoje restam somente ruínas, tendo sido abandonada depois de sucessivos ataques dos países na contenda que a destruíram por completo.
Na Liga Europa, no grupo I o Qarabaq começou por perder em Israel frente ao Maccabi Tel Aviv, por 1-0, seguindo-se novo desaire, agora em casa, com os espanhóis do Villarreal, por 3-1. Na quinta-feira visita os turcos do Sivasspor.
Há duas semanas, os jogos internacionais de clubes e de seleções na Arménia e no Azerbaijão foram suspensos pela UEFA, com o organismo europeu do futebol a justificar a decisão com a situação de insegurança em Nagorno-Karabakh.
Depois da queda da União Soviética, o território de Nagorno-Karabakh regressou ao controlo de forças arménias, em 1993, uma vez que era deste país a maior parte da sua população, mas o Azerbaijão nunca reconheceu essa perda e, em termos internacionais, o mesmo ainda lhe pertence.
Atualmente, a região é denominada República de Artsaque, que não tem reconhecimento internacional.
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