50 anos depois, o Sporting volta a ganhar ao LASK Linz. Depois de, no final de setembro de 1969, ter vencido os austríacos por 4-0 em casa, em jogo a contar para a extinta Taça das Cidades com Feiras, eis que no inicio de outubro de 2019, a vitória se repete por números diferentes, mas que dão os três primeiros pontos à equipa de Alvalade nesta edição da Liga Europa.
No seu primeiro jogo nos palcos europeus (mesmo sem aparecer na ficha de jogo), e com Rosier fora dos convocados, Silas apostou num sistema com três centrais, uma tática que o treinador utilizou nos seus tempos no Belenenses SAD. Os ‘leões’ realizaram cinco alterações face ao jogo na Vila das Aves, com destaque para o regresso à titularidade de Luíz Phellype, algo que não acontecia desde o jogo com o Rio Ave, no final de agosto.
O jogo começou com um LASK atrevido logo a causar perigo no primeiro minuto e a obrigar Renan a pôr mãos, neste caso pés, à obra. O Sporting tentava sair em ataque, sem sucesso, e eram os austríacos que iam causando problemas, sempre a aproximarem-se com perigo da grande área leonina.
Aos 15 minutos, o Sporting apareceu pela primeira vez na grande área do LASK com Luiz Phellype a cabecear muito ao lado.
E a seguir ao melhor momento ‘leonino’ até então, seguiu-se o golo… do LASK. Ao minuto 16, Mathieu erra e dá a bola a Raguz que com espaço rematou para o fundo da baliza leonina. Estava feito o primeiro da equipa austríaca.
Mas se pensa que o golo foi o 'balsamo' que o Sporting precisava para melhorar a performance, desengane-se, os austríacos continuaram mais perigosos e dominavam por completo o jogo, com mais posse de bola e mais remates.
Aos 29 a equipa de Alvalade deu um 'ar da sua graça' e teve na cabeça de Miguel Luís a melhor oportunidade, mas não foi suficiente para acalmar os assobios que o 'vulcão' de Alvalade ia lançando…
Perto do final da 1.ª parte, Alain Durieux, árbitro da partida foi pela primeira vez buscar os cartões e deu logo dois: numa jogada de disputa, Ranftl tentou parar Acuña em falta e o argentino respondeu com uma cotovelada ao jogador do LASK, arriscando mesmo uma ida prematura para o balneário.
Ao intervalo, o Sporting até tinha mais posse de bola (54% vs 46%), mas o domínio atacante dos visitantes saltava à vista nas estatísticas da UEFA: nove remates do austríacos, quatro deles enquadrados à baliza, contra apenas quatro dos ‘leões’, todos desenquadrados.
Com a equipa a render pouco e a precisar de outra atitude, Silas fez entrar Vietto para o lugar de Luís Neto, com o Sporting a passar a alinhar em 4-3-3, com Miguel Luís e Acuña a descer no terreno de jogo.
Apesar das alterações foi o LASK que voltou a ameaçar a baliza de Renan: aos 48 com um cabeceamento por cima de Gernot Trauner e aos 50 com Goiginger, já dentro da grande área, a rematar ao lado.
As bancadas de Alvalade começavam a ficar impacientes e os assobios iam aumentando de volume, mais audíveis quando Renan Ribeiro demorava a repor a bola em jogo.
Mas em oito minutos, tudo mudou: depois de um canto, os assobios deram lugar aos festejos.
Luiz Phellype de cabeça, colocou a bola na baliza austríaca depois do canto marcado por Bruno Fernandes e colocava os ‘leões’ de volta à discussão da vitória.
Com o golo do empate o Sporting cresceu na partida e o golo da vitória surgiu pelo suspeito do costume.
Assistência de Luís Phellype, com Bruno Fernandes a receber à direita e a colocar a bola no canto inferior esquerdo da baliza defendida por Schlager.
E assim, em menos de cinco minutos, estava feita a reviravolta em Alvalade.
O LASK ia tentando responder, chegando à grande área de Renan e tentando o empate. Goiginger, aos 78 minutos, obrigou mesmo o guardião leonino a esticar-se para defender o remate do austríaco.
Nos últimos minutos, o jogo pendeu para os visitantes, mas a vitória já não fugiu aos leões que depois da derrota em Eindhoven, somou os três primeiros pontos no grupo D da Liga Europa.
O Sporting fica assim no segundo lugar do grupo, atrás do PSV Eindhoven que venceu na casa do Rosenborg por 4-1.
*Artigo atualizado às 22:38
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