FC Porto e Sporting enfrentam, esta quinta-feira, mais uma jornada europeia, desta vez frente a duas equipas búlgaras: CSKA e Levski de Sofia, respectivamente.
Estes dois clubes são bem conhecidos de Filipe Gui. O CSKA foi o clube que lhe abriu as portas na Bulgária em 2008/2009, mas a sua experiência neste emblema foi de curta duração, pois seis meses depois mudou-se para o rival Levski onde se sagrou campeão nacional.
A mudança teve frutos em termos desportivos, mas em termos pessoais trouxe muitas complicações ao jogador.
O SAPO Desporto foi conhecer a história de Filipe Gui, médio que actualmente actua no Estoril-Praia.
No Verão de 2008, o jogador saía do Leeds United rumo ao CSKA de Sofia: “Fui para o CSKA no Verão depois de ter assinado, no entanto o meu certificado internacional só veio um mês e meio depois. Tive esse tempo todo sem jogar, só podendo depois em Outubro regressar aos relvados. Em Dezembro vi que o CSKA estava com grandes problemas financeiros. Os jornais búlgaros avançavam que o presidente do CSKA de Sofia tinha roubado quatro milhões de euros ao clube e davam tudo como provado, no entanto ele mantinha-se tranquilamente no cargo”.
Quando os ordenados começaram a falhar, o jogador português decidiu rescindir por justa causa e rumar a outras paragens, um clube não muito longe dali e que por sinal era o grande rival do CSKA: o Levski de Sofia. Nessa altura começaram os problemas.
“Surgiu a oportunidade do Levski de Sofia, por sinal os maiores rivais do CSKA. Houve um mês em que tive de andar escondido. Surgiram rumores de que eu ia mudar-me para o clube rival e até acho que fui o primeiro estrangeiro a fazê-lo. Lá foi um grande escândalo. Acabei por ter que andar com seguranças armados, recebi constantes ameaças de vários fãs do CSKA. Tive medo”.
O futebol é vivido de forma intensa nestes país e a rivalidade entre emblemas é levada ao extremo. Após um mês de sobressalto, a vida do jogador na Bulgária acalmou e acabou no fim da temporada por ser campeão pelo Levski de Sofia.
Passaram-se dois anos e Filipe Gui joga agora no Estoril Praia, mas em declarações ao SAPO Desporto deixou alguns conselhos ao Sporting sobre a qualidade do adversário desta noite: "O Levski manteve a espinha dorsal da equipa na qual eu fui campeão. É uma equipa que gosta de jogar futebol e que tenta sempre fazer algumas combinações em bolas paradas, o Sporting tem de estar atento a esses lances.”
Quando questionado sobre os melhores jogadores desta formação búlgara, o português deixa um aviso relativamente ao contra-ataque: “Eles têm um número 10 e um extremo esquerdo que fazem a diferença. O Tasevski, jogador macedónio, é muito bom no último passe e o extremo esquerdo, o Joãozinho, é rápido, bom tecnicamente e com um remate fácil. Se ele tiver num bom dia poderá criar grandes problemas ao Sporting no contra-ataque”.
O pontapé de saída do encontro Sporting – Levski Sofia, relativo à segunda jornada da fase de grupos da Liga Europa, está marcado para as 20h05.
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