Martín Anselmi fez esta quinta-feira o lançamento da partida o FC Porto diante do Maccabi Tel-Aviv, relativo à oitava e última jornada da fase de liga da Liga Europa.

Na véspera da sua estreia enquanto treinador dos dragões, o técnico argentino revelou estar satisfeito com o que encontrou nos primeiros dias de trabalho e acredita que os jogadores vão interiorizar as novas ideias com o tempo.

Primeiras impressões da equipa: "Encontrei um grupo com muita vontade de aprender, muito predisposto, muita vontade de trabalhar nestes dias de treinos que tivemos juntos. Não foram muitos, mas foram intensos, um primeiro dia de recuperação, tentámos já incorporar algumas matrizes no 2.º treino e dar alguns conceitos, focámos mais a parte defensiva. É pouco tempo de preparar um jogo, mas é o que temos. Primeiro objetivo é ser equipa competitiva, ir em busca do adversário, cuidar da bola, recuperá-la rápido quando não a tiver e pensar sempre nos 3 pontos"

Mensagem para os jogadores: "Temos de ser cuidadosos com a mensagem, porque se vens a jogo decisivo, claro que é decisivo e já o sabemos todos. Futebol é competir, fazer o melhor possível a nossa função, como jogador, eu como treinador, focar no presente, a ação atual e futura. Temos de estar focados no plano de jogo. É um jogo onde tens de competir da melhor maneira possível e quanto melhor, mais perto estarás de levar o resultado"

Críticas à alegada incapacidade de lidar com pressão: "Temos 3 anos como equipa técnica e 6 semi-finais. Quatro títulos no Independiente, não sei de onde sai essa crítica de que não sei lidar com pressão. Sinceramente não sei…"

Como está Galeno?: "É futebol… Tudo pode acontecer. Evidentemente ninguém gosta de falhar penálti, falhar um golo. Estamos expostos a isso, é futebol. Somos profissionais, então a partir daí há de entender que temos de conviver com situações incómodas… Objetivo é ser cómodo nessa incomodidade. Encontrei-o muito bem, é um grande jogador, um grande rapaz. O que já passou, já passou. Há que focar no seguinte, o que já passou não podemos mudar"

Dinâmicas defensivas e ofensivas: "Temos jogadores que representam e vestem camisola e que são bons jogadores e os bons jogadores sabem jogar. Creio que a parte defensiva é mais controlável, porque depende muito da concentração, de estar preparado para saber o que pode fazer o rival, de estar no jogo em cada ação e saber o que tenho de fazer, a quem tenho de marcar, recorrer, estar juntos. Depende mais de uma questão de organização. A parte ofensiva depende já mais do rival. Como o rival decide defender. Podemos atacar um rival que não vai pressionar alto, jogar em bloco baixo, isso já muda a nossa forma de atacar. Nós gostamos muito como equipa técnica da parte ofensiva, para dar muitas possíveis soluções aos jogadores em função do que fizer o rival. Creio que pouco a pouco vamos incorporar nossa filosofia e modelo de jogo, mas confiamos que os jogadores estão completamente capacitados para chegar à baliza rival"

Recuperação psicológica: "Nós, ao chegar a um clube, são situações novas e enfrentamos um rival que vem com mesmo treinador, analisá-lo e à sua equipa, é mais fácil para ele analisar-nos que chegámos agora… Temos um único objetivo, que é competir. Em 3 dias… No desporto, é uma motivação, fazer as coisas bem, estar presente no campo é a maior motivação que podemos ter, porque é o desafio de sermos melhores. Ser melhor do que no dia anterior. Há um monte de parâmetros que indicam se estamos a melhorar, sem ser o ganhar ou perder."