O Manchester City colocou-se muito perto de se apurar para a final da Liga dos Campeões pela primeira vez, ao vencer em Paris o PSG por 2-1. Neste jogo da primeira-mão das meias-finais, os campeões franceses marcaram por Marquinhos mas os Citizens deram a volt ano segundo tempo com tentos de Kevin de Bruyne e Mahrez.

Neste duelo entre os únicos portugueses presentes na Champions, Pep Guardiola deu a titularidade aos três internacionais lusos: Rúben Dias, João Cancelo e Bernardo Silva, num onze que voltou a não ter um elemento fixo na frente mas um 'falso 9', que tanto era Kevin De Bruyne como era Bernardo Silva. Já Danilo ficou no banco do PSG.

No Parque dos Príncipes, o Manchester City tinha mais bola mas quem criava perigo era o PSG. Mbappé deu o primeiro sinal num remate defendido por Ederson aos três minutos. Aos 13, dois lances de golo: Florenzi aproveitou uma bola perdida para disparar para a baliza, com Rodri a cortar no momento certo. Na sequência do lance, Neymar combinou com Mbappé e disparou forte para grande defesa de Ederson.

Os campeões franceses cresciam no jogo, criando perigo nos lances de bola parada. E foi neste momento de jogo que surgiu o 1-0 aos 15 minutos. Canto de Di María e Marquinhos a antecipar-se a Rúben Dias e Rodri no primeiro poste para um desvio de cabeça que Ederson não conseguiu travar.

O defesa, de 26 anos, tornou-se no terceiro jogador a marcar nos ‘quartos’ e nas ‘meias’ da ‘Champions’ em duas temporadas consecutivas (a transata e a presente), depois do português Cristiano Ronaldo (2011/12, 2012/13 e 2013/14) e do francês Antoine Griezmann (2015/16 e 2016/17).

Só aos 21 minutos se viu o primeiro sinal de perigo dos 'citizens', numa conexão portuguesa em Paris: passe longo de João Cancelo nas costas da defensiva francesa, Bernardo esforçou-se muito e desviou de pé esquerdo para defesa atenta de Keylor Navas, para canto.

A equipa de Pep Guardiola só conseguia criar perigo nos erros de saída do PSG. Aos 32 minutos um passe de Navas para Florenzi foi captado por Foden que meteu logo na área, para um cabeceamento de Marehz, Paredes afastou o perigo. Aos 42, lance idêntico, com Bernardo a ganhar a bola e a servir de pronto Phill Foden mas o remate do jovem inglês dentro da área saiu à figura do guardião parisiense.

O segundo tempo trouxe um Manchester City melhor no último terço, com Phill Foden a aparecer na zona central do ataque, João Cancelo mais envolvido no ataque pela esquerda. O português cresceu no jogo, deu dinâmica ao corredor direito e levou o perigo à área parisiense. Mas quem teve no pé o empate foi Kevin De Bruyne, num pontapé fantástico à meia volta na área que surgiu ligeiramente por cima.

Kevin de Bruyne não fez golo aos 61, fez aos 64. O belga recebeu na esquerda, meteu na área em arco para Stones mas ninguém tocou na bola. Keylor Navas ficou à espera do corte que não surgiu e a bola acabou dentro da baliza. O empate chegava, dois minutos depois de Guardiola ter trocado o amarelado Cancelo por Zinchenko. O português não gostou da mexida.

O crescimento do Manchester City era visível e tudo mudou pelas novas dinâmicas introduzidas ao intervalo: uma equipa mais junta, mais paciente, com Kevin de Bruyne a desequilibrar na esquerda, Gundogan e Rodri mais vezes no último terço e Foden mais no papel de 'falso 9'.

A reviravolta apareceu aos 71 minutos, num livre direto batido por Mahrez, jogador nascido nos arredores de Paris. A barreira abriu entre Paredes e Kimpembe, 'buraco' onde o argelino colocou a bola para bater Navas pela segunda vez.

O PSG via a superioridade do adversário e sentia-se incapaz de dar a volta ao texto. Sem bola, era visível a frustração dos jogadores do PSG, como Neymar, que viu amarelo após entrada dura sobre Rúben Dias aos 74 minutos. Aos 77 é Gana Geye com uma entrada muito feia sobre o tornozelo de Gundogan. O árbitro alemão Felix Brych não teve dúvidas e mostrou-lhe vermelho direto.

Maurício Pochettino, técnico do PSG, trocou Di Maria por Danilo Pereira para tentar equilibrar a equipa mas até ao final foi o City a estar mais perto do 3-1 do que os franceses de empatarem.

No dia 04 de maio, as duas equipas voltam a encontrar-se em Manchester, Inglaterra, na partida da segunda mão.

O PSG terá de fazer muito melhor no Ethiad para afastar este City e voltar a marcar presença na final da Champions, perdida na época passada para o Bayern Munique. Já a equipa de Pep Guardiola continua invencível nesta edição da Liga dos Campeões (apenas um empate, com o FC Porto) e caminha a passos largos para a final.

Na terça-feira, em Madrid, Real e Chelsea empataram 1-1, no jogo da primeira mão da outra meia-final, com Christian Pulisic, aos 14 minutos, a inaugurar o marcador para os ingleses, e Karim Benzema a repor a igualdade, aos 29.