O FC Porto deu um passo de ‘gigante’ rumo aos oitavos de final da Liga dos Campeões em futebol, ao vencer por 3-1 no reduto do Lokomotiv Moscovo, em encontro da terceira jornada do Grupo D. O maliano Marega, aos 26 minutos, de grande penalidade, e os mexicanos Herrera, aos 35, e Corona, aos 47, apontaram os tentos dos postistas, enquanto Anton Miranchuk faturou para os anfitriões, aos 38. Na classificação do agrupamento, o ‘onze’ de Sérgio Conceição isolou-se na liderança, com sete pontos, contra cinco do Schalke 04 e quatro do Galatasaray, sendo que, na segunda volta, disputa dois jogos em casa e apenas um fora.
Numa primeira parte em que o FC Porto foi dominador no capítulo da posse de bola, mas pouco criativo na construção de jogadas de perigo, a eficácia de Marega e Herrera fizeram a diferença para a vantagem portista ao intervalo. O Lokomotiv de Moscovo jogou durante a primeira parte na expectativa do adversário e aproveitou o contra-ataque para chegar à baliza de Iker Casillas, mas sem a eficácia demonstrada pelo FC Porto. O golo de Anton Miranchuk deu alguma justiça ao resultado e relançou as esperanças do Lokomotiv para lutar por outro resultado.
No entanto, o FC Porto fez o 3-1 no início da segunda parte por intermédio de Corona e voltou a ter dois golos de vantagem sobre o Lokomotiv de Moscovo. A formação russa liderada pelos irmãos Miranchuk continuou à procura de um golo que pudesse relançar a partida, mas um lance polémico aos 55' minutos acabou por ditar a anulação de um golo a Éder por alegado fora de jogo. Com o Lokomotiv de Moscovo obrigado a subir no terreno para criar lances de perigo, o FC Porto aproveitou para gerir a circulação de bola de forma a desgastar o adversário. Aos 75' minutos, Kverkvelia foi expulso com cartão vermelho direto deixando o Lokomotiv de Moscovo a lutar pelo resultado em inferioridade numérica até ao apito final, o que acabou por facilitar a tarefa do FC Porto em garantir a liderança isolada do Grupo D.
Momento do jogo
Iker Casillas defende uma grande penalidade aos 10' minutos numa altura em que o marcador registava 0-0. O guardião espanhol adivinhou a direção do remate de Manuel Fernandes da marca dos onze metros e impediu desta forma que o Lokomotiv de Moscovo chegasse à vantagem numa fase inicial do jogo
Caso do jogo
Golo anulado a Éder aos 55' minutos por alegado fora de jogo. O avançado português do Lokomotiv de Moscovo aproveitou uma defesa incompleta de Iker Casillas para atirar a bola para o fundo da baliza, mas o fiscal de linha anulou o lance por alegado fora de jogo num lance que levanta muitas dúvidas.
Os melhores:
Corona - O extremo mexicano respondeu da melhor forma à aposta de Sérgio Conceição na sua titularidade em Moscovo com um golo e uma assistência. Tentou sempre apoiar os companheiros de equipa no ataque e procurou espaços para dar profundidade. Ao apontar o 3-1 no início da segunda parte deu confiança à sua equipa para encarar a segunda parte com outro fôlego. De acordo com os dados estatísticos da GoalPoint, Corona foi desarmado três vezes, controlou mal a bola em quatro ocasiões, foi feliz em apenas uma de quatro tentativas de drible e venceu apenas três duelos em 13.
Alex Telles - O lateral esquerdo brasileiro começou mal o jogo em Moscovo ao cometer uma grande penalidade logo aos 9' minutos de jogo, mas acabou por compensar esse erro com uma exibição sólida no corredor. Tentou por diversas vezes fazer combinações com Brahimi, fez dois cortes decisivos e quatro alívios, e ainda contabilizou 79 acções com bola.
Os piores:
Éder - O avançado português foi titular no Lokomotiv de Moscovo mas não foi feliz no embate com o FC Porto. Para além de ter cometido a grande penalidade que deu origem ao primeiro golo do adversário, Éder falhou algumas ocasiões flagrantes que poderiam ter conduzido o rumo do jogo para outro resultado.
Militão - O defesa central brasileiro continua a sua adaptação e afirmação no futebol europeu, mas em Moscovo teve algumas decisões infelizes, nomeadamente no lance que deu origem ao golo do Lokomotiv de Moscovo em que perdeu uma bola na posse da sua equipa. Somou quatro alívios e disputou dois duelos defensivos, vencendo um deles.
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