O Sporting empatou (1-1) com o Bolonha e com este resultado garante um lugar no playoff de apuramento para os oitavos de final da Liga dos Campeões. Numa noite fria em Alvalade, os leões estiveram a perder depois do golo de Pobega (21), mas conseguiram chegar ao empate com um golo de Harder (76´). Não foi uma exibição com brilho, mas os verdes e brancos garantiram o resultado necessário para discutirem um lugar no playoff. Quantos aos adversários, o Sporting já se sabe que vai jogar nos oitavos de final ou com Borussia de Dortmund ou com Atalanta, dois velhos conhecidos dos verdes e brancos.

Era preciso tentar não recorrer à calculadora - O Sporting sabia, que na última jornada da fase de grupos, precisava de empatar para não ter que fazer contas e assim seguir para o playoff de apuramento para os oitavos de final da Champions.

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Só que contra os leões também pesava a história: Um registo muito negativo frente a equipas italianas nas competições europeias. O último triunfo tinha tido lugar em 2011, numa vitória à Lázio. Em 35 duelos, o Sporting tinha vencido apenas seis partidas, empatado 15 e perdido 16.

Sem Morita e Gyokeres, Rui Borges fez quatro alterações no onze. Franco Israel entrou no lugar do não inscrito Rui Silva. Catamo e Harder também foram apostas nos lugares de Quenda e do avançado sueco. Debast foi o homem que se juntou a Hjulmand no miolo. Na equipa do Bolonha houve uma autêntica revolução.

O último embate em casa frente aos rossoblú tinha sido de má memória. Derrota no antigo estádio de Alvalade por 2-0, na primeira ronda da antiga Taça UEFA, em 1998/99.

Os italianos, em plena recuperação na Série A, e pelo facto de estarem eliminados da Champions, poderiam jogar soltos e descomplexados, sem nada a perder e com tudo a ganhar. Foram os primeiros a colocarem em sobressalto a baliza de Israel. Sam Beukema cabeceou à barra, e sentiu-se um calafrio em Alvalade.

O Sporting tentou responder, pelo seu homem mais adiantado. Harder era referência que se procurava encontrar na profundidade. O dianteiro deu o primeiro aviso, num pontapé, mas fácil para o guardião Ravaglia.

O dinamarquês esteve novamente envolvido numa jogada de perigo. Nova iniciativa, com Harder a ser lançado no espaço, mas depois de fora da área tentou rematar em jeito, mas atirou ao lado, após abertura de Trincão,

Só que coube ao Bolonha gelar Alvalade, num autêntico balde de água fria na já de si gelada noite na capital. Canto de Nicolas Moro, ele que tinha entrado ao minuto 10 para o lugar de Ferguson, a bola desviou em Maxi Araújo e encontrou Pobeba que fez o primeiro do encontro.

A desvantagem complicava as contas dos verdes e brancos que passavam a depender do que poderiam fazer o Manchester City e o Dínamo de Zagreb. O Sporting precisava de responder ao golo, mas sentia muita dificuldade em ligar o seu jogo, com a pressão alta dos italianos a dificultar a construção do Sporting. Faltava dinâmica e capacidade para descobrir espaços, perante a bem organizada equipa bolonhesa. Ainda antes do intervalo, o Sporting teve ao seu dispor uma excelente oportunidade: Cabeceamento de Morten Hjulmand, mas defendeu Ravaglia, num lance que foi procedido de falta.

Os italianos assentavam o seu jogo num bloco médio baixo, mas não deixavam de espreitar o perigo, e voltaram a disparar à baliza num remate de Castro que causou frisson. Do outro lado, os criativos do Sporting não conseguiam fazer a diferença, como era o caso de Catamo, claramente em noite não.

Aos 41 minutos, foi Maxi a tentar finalizar de calcanhar, mas estava lá Ravaglia a evitar. Os verdes e brancos tinham dificuldade em fugir às marcações, mas não davam ainda assim grandes veleidades aos italianos que só tinham criado perigo praticamente através de bolas paradas.

A primeira parte terminava com o Sporting a jogar com a calculadora e com pouca criação frente a um Bolonha cínico, e eficaz à boa maneira italiana. Na segunda parte o Sporting teria que quebrar o gelo. Nos outros jogos, as notícias não eram as mais animadoras. O Dínamo empatava e o City ganhava, o que deixava o Sporting fora do playoff. O azar parecia não ter fim, e Debast saia por lesão, para dar lugar ao jovem João Simões.

Com o Sporting balanceado, o Bolonha esteve perto do segundo. Evitou Israel numa estirada a pontapé de Pobega. Na escassez de inspiração, não faltava alma, e o Sporting ia à procura do empate. Fresneda tentou a sorte de longe, mas brilhou o guardião italiano.

Os minutos fugiam, o Sporting estava no fio da navalha, mas acabou mesmo por chegar ao empate. Houve males que vieram por bem, e foi João Simões, num grande trabalho que cruzou atrasado, e Harder só teve que encostar para o fundo da baliza.

Para os minutos finais, Rui Borges guardou a vantagem, lançando Matheus Reis para o lugar de Trincão, com o Sporting a tentar fechar com uma linha de cinco lá atrás.