O Comité Executivo da UEFA reuniu-se esta manhã e a decisão já está tomada: face ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia, a final da Liga dos Campeões de 2021/22, originalmente marcada para São Petersburgo, irá mudar-se daquela cidade russa para solo francês, mais concretamente para o Stade de France, nos arredores de Paris.
O palco do encontro decisivo da principal competição europeia de clubes é alterado pelo terceiro ano consecutivo, depois de Lisboa e Porto terem acolhido as finais de 2019/20 e 2020/21, devido à pandemia de covid-19, em ambos os casos em detrimento de Istambul, na Turquia.
Um dia depois de ter condenado “veementemente a invasão militar”, a UEFA reuniu o comité executivo para avaliar a situação na Ucrânia, decidindo retirar à Rússia a organização da final da ‘Champions’, marcada para 28 de maio.
O estádio que acolheria a final em São Petersburgo é tem o nome do gigante da energia Gazprom, um dos principais patrocinadores da UEFA desde 2012.
O organismo que tutela o futebol europeu decidiu também recolocar os jogos que estejam agendados para a Rússia ou a Ucrânia e que envolvam clubes ou seleções. O primeiro afetado será o Spartak Moscovo, na Liga Europa.
A Rússia lançou na madrugada de quinta-feira uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que provocaram dezenas de mortos logo nas primeiras horas.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus "resultados" e "relevância”.
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.
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