O FC Porto sofreu diante do Manchester City, mas conseguiu manter o 0-0 e, com isso, garantir o apuramento para os oitavos de final da Liga dos Campeões pela 16.ª vez na sua história. A equipa de Sérgio Conceição teve de lidar com uma forte pressão dos 'citizens', mas uma estrondosa exibição de Augustín Marchesín, a negar por diversas vezes o golo que parecia certo ao adversário, ajudou a segurar o ponto necessário para a qualificação.
De resto, o nulo no Dragão nem seria necessário para seguir em frente na Champions. Isto porque o Marselha de André Villas-Boas venceu o Olympiacos de Pedro Martins por 2-1, deixando a equipa grega a sete pontos do FC Porto, quando falta disputar apenas uma jornada. O Manchester City termina assim em primeiro no grupo C.
Sabendo que o empate bastava para garantir a qualificação, Sérgio Conceição voltou a apostar (já o tinha feito em Inglaterra) num onze com três centrais, com a inclusão de Diogo Leite. Sérgio Oliveira, Uribe e Otávio fecharam o meio-campo, e Marega liderava o ataque ao lado de Jesús Corona. No Manchester City, Ferrán Torres foi o homem escolhido para jogar na frente, face à ausência de Sergio Aguero, com os portugueses Rúben Dias, João Cancelo e Bernardo Silva a serem lançados de início.
O FC Porto mostrou dificuldades em sair a jogar face à pressão da equipa de Pep Guardiola, que foi desmontando a organização dos 'azuis e brancos'. Zinchenko gozava de bastante espaço para subir no flanco esquerdo, e Sterling ia causando sobressaltos à defensiva portista. Já depois de reclamar um penálti quando Ederson chocou contra Otávio, o FC Porto só conseguiu criar perigo num lançamento lateral de Zaidu, que Diogo Leite desviou de cabeça para a defesa do guardião brasileiro.
Aos 36' Sterling rematou forte na área, Fernandinho deixou passar e foi Zaidu a cortar em cima da linha de golo, com Marchesín batido. Do outro lado do campo, mesmo em cima do intervalo, Sérgio Oliveira testou Ederson com um remate de longe, a sair um pouco por cima. O FC Porto recolhia ao balneário sem um único remate enquadrado com a baliza.
O domínio inglês tornou-se ainda mais evidente no segundo tempo, pelo que o FC Porto bem pode agradecer a Marchesín pelo 0-0 que se manteve até ao fim. Aos 58' Sarr deixou Sterling fugir, com o inglês a ganhar posição para finalizar, mas o guarda-redes argentino fez bem a mancha. De salientar, também, a defesa a um remate de bicicleta de Ferrán Torres, num lance em que Rúben Dias não conseguiu desviar a bola em cima da linha de golo.
O guarda-redes do FC Porto voltou a brilhar a remates de Bernardo Silva e Eric García, antes de Gabriel Jesus, recém-lançado em campo, fazer balançar as redes (80'). O golo acabaria por ser anulado por fora de jogo de Rodri no início da jogada. Quem disse que o empate não pode ser saboroso?
O momento
VAR anula golo ao Manchester City: Numa altura em que o FC Porto fazia de tudo para segurar o empate, Gabriel Jesus saltou do banco e fez o que nenhum outro elemento dos 'citizens' conseguira até então: bater Marchesín. Contudo, o lance acabaria por ser anulado pelo VAR, já que Rodri, no início da jogada, foi apanhado em fora de jogo. E os 'dragões' respiraram de alívio.
O melhor
Marchesín: Uma noite para mais tarde recordar. Porque não é todos os dias que se 'tranca' a baliza face ao poderio ofensivo de um Manchester City, mesmo com o conjunto inglês longe do nível doutros tempos. Marchesín mostrou grande capacidade de reação e reflexos apurados diante de Sterling, Ferrán Torres, Bernardo Silva e Eric García.
O pior
FC Porto pouco ofensivo: Contrariamente ao que aconteceu em Inglaterra, o FC Porto entregou a iniciativa de jogo ao adversário, sobretudo no segundo tempo, preocupando-se em anular o jogo interior do Manchester City. Apenas um remate enquadrado com a baliza em 90 minutos, da autoria de Sérgio Oliveira, é francamente pouco para uma equipa, por norma, tão agressiva.
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