O futebolista português Cristiano Ronaldo caiu nos oitavos de final da Liga dos Campeões pela segunda vez consecutiva, após uma eliminatória face ao FC Porto em que ficou em ‘branco’, em 210 minutos.
Na 17.ª presença nesta fase da prova, o ‘capitão’ da seleção lusa, de 36 anos, foi incapaz de comandar a Juventus ao apuramento, somando novo fracasso pela equipa italiana, que o contratou com a ilusão de chegar ao terceiro cetro europeu.
Depois da eliminação face ao Ajax, nos quartos de final de 2018/19, e ao Lyon, nos ‘oitavos’ de 2019/20, a terceira tentativa saiu terça-feira ‘furada’, em mais um duelo que a Juventus perdeu em Turim, desta vez com um insuficiente 3-2, após prolongamento, após o desaire por 2-1 no Dragão.
Além das três presenças nesta fase pela eneacampeã italiana, o internacional luso somou cinco pelo Manchester United (2003/04 a 2008/09) e nove pelo Real Madrid (2009/10 a 2017/18), sendo que só falhou em 2005/06, por ‘culpa’ do Benfica.
Curiosamente, os ‘dragões’ foram o primeiro adversário de Ronaldo, em 2003/04, e afastaram o jogador português, que no conjunto dos dois jogos (derrota por 2-1 no Dragão e empate 1- em Old Trafford), apenas esteve em campo 22 minutos. Os comandados de José Mourinho viriam a conquistar o título.
Às duas eliminações face ao FC Porto, o jogador português só junta mais três, uma com o AC Milan, em 2004/05, e duas face ao Lyon, em 2009/10 e 2019/20.
Na época passada, num confronto atípico, os gauleses venceram em casa por 1-0, em 26 de fevereiro de 2020, e perderam por 2-1 em Turim, quase meio ano depois, em 07 de agosto, sobrevivendo a um ‘bis’ do internacional português.
Com os dois golos aos gauleses, Ronaldo passou a somar 25 nos oitavos de final, apenas menos três do que o recordista nesta fase, o argentino Lionel Messi, do FC Barcelona, que contabiliza 28 golos, em 31 encontros.
O ‘bis’ ao Lyon acabou, no entanto, por nada valer, ao contrário da maior parte dos seus outros golos, já que Cristiano Ronaldo ultrapassou por 12 vezes os oitavos de final.
Pelo Manchester United, e depois de ser afastado por FC Porto e AC Milan, ajudou a eliminar o Lille (2006/07), o Lyon (2007/08), ao qual marcou um golo, e o Inter de Milão (2008/09), numa eliminatória em que também marcou um tento.
A ‘avalancha’ de golos surgiu com a mudança para o Real Madrid, clube do qual se tornou, em apenas nove anos, o melhor marcador, à média de mais do que um por jogo: foram 451, em apenas 438 encontros, no que será o registo mais espantoso da sua carreira.
Pelos ‘merengues’, só caiu nos ‘oitavos’ na estreia, face ao Lyon, apesar de ter marcado um golo. Na época 2009/10, ficou em ‘branco’, mas qualificou-se.
Nas épocas seguintes, marcou três ao CSKA Moscovo (2011/12), dois ao Manchester United (2012/13), sete ao Schalke 04 (quatro em 2013/14 e três em 2014/15), dois à Roma (2015/16) e três ao Paris Saint-Germain (2017/18), depois de, para ‘desenjoar’, não ter faturado perante o Nápoles (2016/17).
A sua saga goleadora manteve-se na ‘Juve’, com três golos ao Atlético de Madrid, para virar em Turim (3-0) o 0-2 do Wanda, e dois ao Lyon, novamente em Itália, mas, desta vez, insuficientes para colocar o campeão transalpino nos ‘quartos’.
Em 2020/21, o adversário foi, 17 anos depois, o FC Porto e Ronaldo não ‘saiu’ dos 25 golos nos ‘oitavos’, agora em 34 jogos, para um total de 134 na Liga dos Campeões (desde 1992/93), em 176 embates, não contando as pré-eliminatórias.
O jogador luso é, destacado, o melhor marcador da competição, com mais 15 golos do que Lionel Messi (148 jogos), e está a um passo de se tornar o jogador com mais presenças, uma vez que ficou a apenas uma do ex-guarda-redes portista Iker Casillas. Vai ter de esperar pela época 2021/22.
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