O Benfica venceu esta quarta-feira o Mónaco por 2-3, em jogo da quinta jornada da Liga dos Campeões. As águias estiveram a perder por duas vezes, mas dois golos nos últimos minutos, de dois suplentes, deram uma saborosa vitória à equipa portuguesa no Principado.
Com este triunfo, os encarnados sobem agora ao 14º lugar da classificação com nove pontos.
Boa reação, mas sem precisão
Depois de algumas poupanças na partida para a Taça de Portugal contra o Estrela da Amadora, Bruno Lage voltou ao seu onze-base, promovendo os regressos de Trubin, Tomás Araújo, Kokçu, Akturkoglu e Pavlidis, para os lugares de Samuel Soares, António Silva, Rollheiser, Beste e Arthur Cabral.
No caso do Mónaco, Adi Hutter fez três mudanças relativamente ao onze que começou o encontro diante do Brest para o campeonato. Os defesas Singo, Caio Henrique e o médio Camara entram para os lugares de Mawissa, Salisu e Magassa.
Os monegascos começaram a partida com mais iniciativa e posse de bola, pressionando alto e impedido saídas rápidas ao Benfica; contudo, o primeiro remate enquadrado foi mesmo dos encarnados, através de Di María. Pouco depois o Mónaco teve uma grande oportunidade mas o remate de Ben Seghir saiu ao lado.
Contudo, o extremo marroquino foi mais eficaz poucos minutos depois; rápida saída do Mónaco com Wanderson a rematar para boa defesa de Trubin, contudo o guardião ucraniano não foi capaz de parar a recarga de Seghir, que fez o primeiro do jogo.
O golo como que despertou o Benfica, que partiu para cima do adversário. Os encarnados tomaram conta da partida, pressionavam alto e ameaçavam a área monegasca, mas sem criar verdadeiras oportunidades de golo, mostrando algumas dificuldades na construção, com diversos passes errados.
Mas aos 32 minutos as águias conseguiram assustar a baliza de Majecki; Carreras rematou de fora da área e o desvio em Singo quase dava o golo do empate. Contudo a oportunidade mais flagrante para o Benfica surgiu cinco minutos depois; mau passe de Ben Seghir a isolar Di María, mas o argentino não foi capaz de bater Majecki no frente a frente.
Ao intervalo o Benfica mostrava ter capacidade para virar o resultado na segunda parte.
O segredo estava no banco
Apesar dos seis amarelos mostrados, três a cada equipa, os dois treinadores decidiram manter os mesmos onzes. À semelhança da primeira parte, o Mónaco entrou melhor e esteve muito perto do segundo golo, mas o remate de Embolo esbarrou com estrondo no poste.
Não marcou o Mónaco, marcou o Benfica. No minuto seguinte, um verdadeiro brinde de Caio Henrique permite a Pavlidis fazer, provavelmente, o golo mais fácil da carreira.
O avançado grego esteve muito perto de bisar minutos depois, mas aí brilhou Majecki com uma grande defesa, isto depois dos monegascos terem visto o 2-1 anulado pelo VAR por fora de jogo.
Galvanizado pelo golo, o Benfica continuava a pressionar e chegou mesmo a marcar um segundo golo por Bah, mas o VAR acabou anular o lance devido a fora de jogo de Di María. Apesar de não estar em vantagem no marcador, as águias passaram a estar em vantagem numérica quando, aos 58 minutos, Singo viu o segundo amarelo e deixou os gauleses com dez.
Com mais um jogador, Bruno Lage resolveu abrir a frente de ataque, lançando Amdouni e Arthur Cabral para os lugares de Florentino e Pavlidis. Mas foi o Mónaco quem voltou a adiantar-se no marcador; 67 minutos e um cruzamento atrasado de Mawissa para a entrada da área, onde surgiu Magassa a rematar de primeira para o 2-1.
Mesmo com dez, os monegascos mostravam-se confortáveis no jogo, e chegavam perto da área do Benfica, obrigando Trubin a aplicar-se. Curiosamente, a partir da expulsão, os encarnados deixaram de conseguir criar perigo, situação para a qual as alterações de Bruno Lage pareciam ter contribuído.
Todavia, e numa altura em que não se esperava, o Benfica acabou por chegar ao empate. Cruzamento de Di María na esquerda e um vôo de Arthur Cabral de cabeça para o 2-2.
Os níveis de confiança das águias subiram de sobremaneira com o empate e, empurrados pelos muitos adeptos que estiveram no Estádio Luís II, o Benfica conseguiu mesmo colocar-se em vantagem; passe teleguiado de Di María para Amdouni que, no coração da área, cabeceou para o 2-3.
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