O Benfica tem quarta-feira uma grande oportunidade para chegar pela primeira vez às meias-finais da Liga dos Campeões em futebol, mas precisa para isso de conseguir na Luz um inédito triunfo sobre o ‘poderoso’ Bayern Munique.
Depois de sair ‘vivo’ do Allianz Arena, ao perder por 1-0, por culpa de um golo do chileno Arturo Vidal, logo aos dois minutos, o conjunto de Rui Vitória tem, ainda assim, pela frente uma missão muito complicada, mesmo muito.
Na presente temporada, os bávaros apenas perderam três de 43 jogos – 0-2 no reduto do Arsenal, para a ‘Champions’, 1-3 em Mönchengladbach e 1-2 com o Mainz – e só ficaram em ‘branco’ em quatro ocasiões, sendo que, faturando em Lisboa, obrigam o Benfica a marcar três golos.
Para complicar, a formação da Luz terá de superar os quase tetracampeões alemães sem o seu maior goleador, o brasileiro Jonas, líder da ‘Bota de Ouro’, a par de Cristiano Ronaldo (Real Madrid) e Gonzalo Higuaín (Nápoles), com 30 golos, por culpa do cartão amarelo visto pelo ‘pistolas’ em Munique.
Como costuma afirmar Rui Vitória, a ausência de um é a oportunidade de outro e, desta vez, o contemplado deverá ser o mexicano Raúl Jiménez, o ‘herói’ do último jogo do Benfica, ao entrar aos 80 minutos e marcar aos 85 o golo da vitória sobre a Académica, que segurou a liderança da I Liga.
Os ‘encarnados’ podem ‘sonhar’, sobretudo porque em Munique evitaram as goleadas das anteriores três visitas (uma por 5-1 e duas por 4-1) ou as sofridas mais recentemente por Sporting (1-7 em 2008/09) e FC Porto (1-6 na época passada).
A eliminatória está em aberto, mas o Benfica sabe que terá de conseguir várias situações inéditas, como a primeira vitória sobre o Bayern e nos quartos de final da ‘Champions’, ao oitavo jogo em ambas as ‘frentes’.
Caso siga em frente, o clube da Luz será também o primeiro português a ultrapassar, a duas mãos, os bávaros, aos quais servem 24 dos 25 resultados frente a formações lusas: a exceção é o 1-3 sofrido há cerca de um ano no Dragão.
O Bayern Munique é favorito, mas pode cair, cenário, aliás, com que se deparam as outras três equipas que partiram como principais candidatas às ‘meias’, incluindo o campeão em título FC Barcelona, em quebra na pior altura da época.
Os catalães venceram em casa o Atlético de Madrid, mas apenas por 2-1, sendo, que, antes e depois, perderem dois jogos na Liga espanhola, em casa com o Real Madrid (1-2) e fora com a Real Sociedad (0-1), e já só têm mais três pontos do que os ‘colchoneros’ e quatro face aos ‘merengues’.
A formação comandada por Luis Enrique está, ainda assim, em vantagem e, com Messi, Suárez e Neymar, mais Iniesta, Busquets, Piqué, Dani Alves ou Mascherano, as crises de resultados podem acabar num ápice.
Para o FC Barcelona, está em jogo continuar na corrida a tornar-se o primeiro clube a revalidar o cetro na ‘era Champions’ (desde 1992/93). Por seu lado, o Atlético quer manter-se na corrida a repetir a final de 2013/14, na Luz.
Antes, na terça-feira, o Real Madrid, de Cristiano Ronaldo e Pepe, recebe o Wolfsburgo, de Vieirinha, com obrigatoriedade de, no mínimo, marcar dois golos, sendo que, sofrendo um, tem de chegar aos quatro no Santiago Bernabéu.
Os oitavos classificados do campeonato alemão conseguiram a maior surpresa da primeira mão, ao baterem os ‘merengues’ por 2-0, resultado que os coloca em excelente situação para chegarem pela primeira às meias-finais.
Por seu lado, o Paris Saint-Germain, já há muito consagrado como tetracampeão francês, também não justificou o favoritismo face ao Manchester City, cedendo uma igualdade caseira a dois, numa noite infeliz de Zlatan Ibrahimovic.
O sueco tentará redimir-se em Inglaterra, para tentar levar os parisienses a uma segunda meia-final da ‘Champions’, 21 anos depois, mas o conjunto de Manuel Pelegrini parte em vantagem para inédita presença no ‘top 4’.
A ‘hecatombe’ de favoritos, depois dos resultados da primeira mão, é, assim, uma possibilidade e, se acontecesse, o Benfica seria o único campeão europeu presente nas ‘meias’, já que Atlético de Madrid, Wolfsburgo e Manchester City nunca venceram a principal prova europeia de clubes.
Comentários