Uma segunda parte de grande nível na Luz faz com que o Benfica se apresente esta terça-feira no reduto do Ajax com o ‘sonho’ legítimo de atingir pela quinta vez os ‘quartos’ da Liga dos Campeões em futebol.
O conjunto de Nélson Veríssimo, que esteve a perder por 0-1 e 1-2, só conseguiu, porém, resgatar o empate (2-2) na primeira mão dos ‘oitavos’, que, face à ‘extinção’ dos golos fora, faz com que tudo se reduza, na prática, ao segundo jogo.
Em Amesterdão, cidade onde se sagrou bicampeão europeu há 60 anos, tudo começa do ‘zero’, pelo que os neerlandeses partem como favoritos, embora não tanto, se calhar, como pareciam no arranque da eliminatória, em 23 de fevereiro.
Então, o Ajax, que venceu todos os jogos da fase de grupos da ‘Champions’, incluindo um 5-1 em Alvalade, e seguia numa série de 10 vitórias seguidas, parecia inacessível a um Benfica demasiado irregular, que, nos ‘mesmos’ 10 jogos, correspondentes à ‘era Veríssimo’, só somara quatro vitórias.
Na Luz, e depois de uma primeira parte complicado, ao nível do que se previa, o conjunto da casa conseguiu, porém, ‘agigantar-se’, atingindo um nível que já não parecia ao seu alcance, e chegou à igualdade, sendo que até mereceria mais.
Um simbólico golo do ucraniano Roman Yaremchuk, aos 72 minutos, colocou a eliminatória a zero e o Benfica numa posição de acreditar que é possível chegar aos ‘quartos’ e repetir 1994/95 (sob o comando de Artur Jorge), 2005/06 (Ronald Koeman), 2011/12 (Jorge Jesus) e 2015/16 (Rui Vitória).
A ‘crença’ tem a ver também com o que sucedeu após a primeira mão, com o Benfica a transmitir boas sensações nos três jogos que se seguiram, nos triunfos com Vitória de Guimarães (3-0) e em Portimão (2-1) e até no empate com o Vizela (1-1).
Na sexta-feira, na Luz, o ‘onze’ de Nélson Veríssimo não ganhou, mas sobretudo por culpa da expulsão de Taarabt, logo aos oito minutos, sendo que, com 10, deu boa resposta, num jogo em que também se pode queixar do VAR, mas não dos adeptos, que foram um ‘verdadeiro’ 11.º jogador na parte final.
Por seu lado, o Ajax foi algo ‘intermitente’ nos últimos jogos, nomeadamente nos três da Eredivisie – também superou fora (2-0) o AZ Alkmaar nas ‘meias’ da Taça -, com uma derrota e duas vitórias tangenciais conseguidas a acabar.
Quanto o encontro da Johan Cruyff Arena arrancar, às 21:00 locais (20:00 em Lisboa) de terça-feira, tudo isto será, porém, passado, como os anteriores confrontos entre as duas equipas em Amesterdão.
Os neerlandeses venceram os dois últimos, ambos por 1-0, em 1971/72 e, bem mais recentemente, em 2018/19, depois de um primeiro triunfo (3-1) do Benfica, em 1968/69, num embate disputado sobre neve, em condições muito complicadas.
Desta vez, espera-se uma noite bem mais agradável na capital dos Países Baixas, onde Erik ten Hag e Nélson Veríssimo não têm jogadores castigados, pelo que poderão apresentar algo próximo dos seus melhores ‘onzes’.
Cristiano Ronaldo reencontra Atlético Madrid
No mesmo dia do Ajax-Benfica, realiza-se em Old Trafford o segundo duelo entre Manchester United e Atlético de Madrid, que também começa do zero, depois do empate 1-1 registado na capital espanhola, onde o português João Félix adiantou os locais (sete minutos) e Elanga selou a igualdade (80).
Com o fator casa do seu lado, os ‘red devils’, dos portugueses Diogo Dalot, Bruno Fernandes e Cristiano Ronaldo, partem como favoritos, mas pouco, face à situação ‘frágil’ que atravessam, com mais polémicas do que futebol.
Quanto os embates de quarta-feira, não se esperam problemas para o campeão em título Chelsea em Lille, depois do 2-0 caseiro, selado por Havertz e Pulisic, enquanto Juventus e Villarreal também jogam tudo em Turim, depois do 1-1 em Espanha, onde Vlahovic adiantou os italianos no primeiro minuto e Dani Parejo empatou aos 66.
Nos quartos de final, já estão os ingleses do Manchester City e do Liverpool, ‘carrascos’ de Sporting e Inter Milão, respetivamente, o alemão Bayern Munique, após ‘cilindrar’ o Salzbugo, e o espanhol Real Madrid, que eliminou o PSG.
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