Os alemães do Bayern Munique procuram o sexto título de campeão europeu de futebol, no domingo, em Lisboa, na sua 11.ª final, frente ao estreante Paris Saint-Germain.
Sete anos depois, os bávaros regressam ao jogo decisivo da principal competição europeia de clubes, este ano decidida numa inédita ‘final a oito’, na capital portuguesa, com eliminatórias a uma mão, devido à pandemia de covid-19.
A formação agora comandada por Hans-Dieter Flick vai disputar a sucessão ao Liverpool e o seu sexto cetro, que já ergueu em 1974, 1975, 1976, 2001 e 2013, depois de um percurso imaculado, iniciado na frase de grupos sob a orientação do croata Niko Kovac.
Nunca nenhuma equipa tinha conseguido chegar à final com um pleno de 10 vitórias noutros tantos jogos e um impressionante registo de 42 golos marcados e oito sofridos. Este registo foi abrilhantado com as goleadas impostas a FC Barcelona (8-2), nos quartos de final, Chelsea (4-1 e 3-0), nos oitavos, mas também a Tottenham (7-2) e Estrela Vermelha (6-0), na fase de grupos.
O polaco Robert Lewandowski é o principal protagonista ofensivo da equipa alemã, com 15 golos, que lhe valem o estatuto de melhor marcador da competição, com mais cinco golos do que o norueguês Erling Haaland (Borussia Dortmund, depois de ter jogado no Salzburgo) e seis do seu companheiro de equipa Sèrge Gnabry, autor de um ‘bis’ na meia-final diante do Lyon (3-0).
No domingo, o octocampeão alemão vai voltar a encontrar uma equipa francesa, o tricampeão Paris Saint-Germain, frente ao qual até tem um historial negativo, nos oito jogos já disputados, sempre na fase de grupos da ‘Champions’.
Os parisienses, que chegaram ao encontro decisivo depois de eliminarem os também alemães do Leizpig (3-0), somam cinco vitórias frente ao Bayern, contra três dos bávaros, num desequilíbrio provocado pelo único triunfo forasteiro (1-0), alcançado em 1994/95, selado pelo liberiano George Weah.
Remontava a essa época, há 25 anos, a última presença do Paris Saint-Germain nas meias-finais da Liga dos Campeões, tendo então sido afastado do jogo decisivo pelos italianos do AC Milan (1-0 e 2-0).
Dominador em França desde 2012/13, depois da chegada à presidência de Nasser Al-Khelaïfi, o clube conquistou sete títulos de campeão – um pecúlio quebrado pelo Mónaco, de Leonardo Jardim, em 2016/17 -, sempre tendo como objetivo, quase obsessão, a consagração europeia.
O brasileiro Neymar e Mbappé, cujas contratações em 2017 ainda encabeçam a lista das mais caras de sempre, são duas faces ainda visíveis dessa aspiração, juntamente com as de Di Maria, Icardi, Thiago Silva e Navas, depois de reforços como Ibrahimovic, Cavani, David Luiz, Pastore ou Lavezzi.
A carreira na competição da formação orientada pelo alemão Thomas Tuchel é também impressionante, com oito vitórias e apenas um empate (1-1), na visita ao Real Madrid, que deixou a cinco pontos no Grupo A, e uma derrota no terreno do Borussia Dortmund (2-1), na primeira mão dos ‘oitavos’.
A reviravolta foi conseguida em casa (2-0), com golos de Neymar e Bernat, em 10 de março, antes da interrupção da competição devido à pandemia, e, depois, com a conclusão precoce da Ligue 1, e a atribuição de mais um título nacional, o Paris Saint-Germain assumiu-se candidato ao título europeu, ao pôr fim, nos descontos, ao ‘sonho de verão’ da Atalanta (2-1), depois do ‘inferno’ sanitário da Lombardia, e à vitória autoritária diante do Leipzig (3-0), na antecâmara do embate decisivo.
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Mesmo assim, o Paris Saint-Germain vai apresentar-se no Estádio da Luz, no domingo, a partir das 20:00, como um ‘novato’ nestas andanças frente ao ‘veterano’ Bayern, que, além dos cinco títulos europeus, soma outras tantas finais perdidas, em 1982, 1987, 1999, 2010 e 2012.
Independentemente disso, certo é que, entre os treinadores, tal como na época passada, quando Jürgen Klopp venceu o troféu ao serviço do Liverpool, no fim, vai ganhar um alemão, seja Tuchel ou Flick, que, como jogador, perdeu a final de Viena frente ao FC Porto (2-1), em 1986/87.
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