Um golo ‘estranhamente’ validado a Kylian Mbappé, que, a olho nu, parece claramente irregular, valeu hoje à França a vitória sobre a Espanha por 2-1 e a conquista da Liga das Nações em futebol.

Aos 80 minutos, o jogador do Paris Saint-Germain recebeu um passe de Theo Hernández em fora de jogo, mas, o VAR, talvez ‘dormitando’ ou com uma compreensão do lance muito própria – por um toque num jogador espanhol -, validou o golo que desfez a igualdade (1-1).

A Espanha até marcou primeiro, aos 64 minutos, por Mikel Oyarzabal, segundos após um tiro de Theo Hernández à barra, mas a vantagem pouco durou, já que, aos 66, um belo remate de Benzema, já na área, restabeleceu a igualdade.

Antes de todas estas emoções, o conjunto de Luis Enrique assumiu, como habitual, o controlo da bola e não deixou os franceses jogar.

Em relação às meias-finais, cada equipas fez duas alterações, com Luis Enrique a trocar Pau Torres e Koke por Eric García e Rodri e Didier Deschamps a colocar Kimpembe e Tchouaméni nos lugares de Lucas Hernández e Rabiot, que deu positivo à covid-19.

A França começou muito subida, a complicar a saída a jogar dos espanhóis, a ganhar cantos e a parecer apostada em marcar cedo, mas este cenário durou muito pouco, pois rapidamente a Espanha assentou o seu jogo e assumiu-se como ‘dona’ da bola.

Os ‘carrascos’ da anfitriã Itália, na primeira meia-final (2-1), tiveram 64% de posse de bola, mas, se anularam completamente o meio-campo e ataque dos franceses, não conseguiram criar perigo junto à baliza de Lloris.

A segunda parte arrancou sem grandes novidades, até que tudo mudou aos 64 minutos, com a França a milímetros de marcar, por Theo Hernández, com um violento remate que bateu na trave e ‘beijou’ a linha, na sequência de um rápido contra-ataque.

Os gauleses não marcaram e, na resposta, conseguiu-o a Espanha, ainda no mesmo minuto, num ‘tiro’ já na área de Oyarzabal, fora do alcance de Lloris, depois de um passe de Sergio Busquets, o ‘dono’ do meio-campo de ‘la roja’.

A vantagem da Espanha foi, porém, efémera, já que, aos 66 minutos, Benzema recebeu de Mbappé um passe na área, sobre o lado esquerdo, enquadrou-se e colocou a bola junto ao ângulo superior esquerdo, com Unai Simon ainda a desviar, mas não o suficiente.

O conjunto de Luis Enrique, que substituiu o ‘leão’ Pablo Sarabia aos 61 minutos, acusou o golo e a França passou a criar mais perigo, com Mbappé a finalizar mal, como tem sido hábito ultimamente, aos 68 e 71.

À terceira, o jogador do Paris Saint-Germain, em ‘trânsito’ para o Real Madrid, acabou por marcar: aos 80 minutos, bateu Simon, servido por Theo Hernández. Vistas as imagens, o fora de jogo parecia evidente, mas, se calhar, para todos menos o VAR.

Na parte final, a Espanha ainda se lançou, já um pouco na ‘loucura’, até com Simon na área contrária, em busca do empate, que Lloris evitou num par de ocasiões, nomeadamente num remate de Oyarzabal, que esteve muito perto de chegar ao ‘bis’.

A França conseguiu, porém, segurar a vitória, que junta a dois Mundiais (1998 e 2018), dois Europeus (1984, 2000) e duas edições da Taça das Confederações (2001 e 2003).

Jogo no Estádio San Siro, em Milão.

Espanha - França, 1-2.

Ao intervalo: 0-0.

Marcadores:

1-0, Oyarzabal, 64 minutos.

1-1, Benzema, 66.

1-2, Mbappé, 80.

Equipas:

- Espanha: Unai Simón, Azpilicueta, Laporte, Eric García, Marcos Alonso, Sergio Busquets, Gavi (Koke, 75), Rodri (Fornals, 84), Sarabia (Pino, 61), Oyarzabal e Ferran Torres (Merino, 84).

(Suplentes: Robert Sánchez, De Gea, Pedro Porro, Iñigo Martínez, Pau Torres, Reguilón, Koke, Bryan Gil, Fornals, Sergi Roberto, Merino e Yeremi Pino).

Selecionador: Luis Enrique.

- França: Lloris, Koundé, Varane (Upamecano, 43), Kimpembe, Pavard (Dubois, 79), Pogba, Tchouaméni, Theo Hernández, Griezmann (Veretout, 90+2), Benzeman e Mbappé.

(Suplentes: Costil, Maignan, Kimpembe, Dubois, Upamecano, Lucas Hernández, Guendouzi, Vertout, Martial, Diaby e Ben Yedder).

Selecionador: Didier Deschamps.

Árbitro: Anthony Taylor (Inglaterra).

Ação disciplinar: Cartão amarelo para Pogba (46), Koundé (55), Laporte (86) e Mbappé (90).

Assistência: Cerca de 35.000 espetadores.